A Universidade de Reims Champagne-Ardenne (URCA), em França, começou o ano com uma nova medida para as estudantes, passando a proporcionar uma licença menstrual.

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A medida, que é uma forma de reconhecer os efeitos incapacitantes da menstruação, entrou em vigor a 29 de Janeiro e prevê dez dias de ausência autorizada durante cada ano lectivo.
“Os estudantes que desejem activar a licença menstrual devem simplesmente enviar um e-mail à secretaria. Esta licença é considerada uma ausência justificada para efeitos de assiduidade e avaliação contínua, com excepção dos exames finais”, explicou a URCA num comunicado, citado pelo Le Parisien.
Em alguns casos, a menstruação pode ser particularmente incapacitante, provocando cólicas, vómitos e fadiga extrema. No país, em média, uma em cada cinco mulheres tem problemas ligados à menstruação, alguns deles relacionados com endometriose.
Em França são já nove as universidades que têm esta medida e que a consideram “essencial”, defendendo que a menstruação pode dificultar a participação das alunas nas aulas.
“É uma medida que resultou de um inquérito aos estudantes na primavera passada e que garante a igualdade de acesso aos estudos”, sublinha Anaël Beutin, responsável pelo projecto na URCA, onde 60% dos estudantes são mulheres.
Os estudantes já foram informados sobre a nova medida por e-mail.
“Os abusos acontecem, mas são residuais. É uma medida para o bem-estar das estudantes que funciona”, afirmou a responsável pelo projecto na universidade.