Nove pessoas foram detidas este domingo na Turquia por suspeita de envolvimento no duplo atentado, do qual resultaram 46 mortos no sábado no sul da Turquia e que Ancara atribui a responsabilidade a Damasco que desmentiu qualquer envolvimento.
Um dia depois do duplo atentado, que faz temer uma extensão do conflito da Síria, o vice-primeiro-ministro turco, Besir Atalay, anunciou a detenção de nove suspeitos do duplo atentado, precisando que alguns fizeram confissões.
No sábado, pelo menos 46 pessoas morreram e outras 100 ficaram feridas, mais de duas dezenas em estado grave, devido às explosões causadas por dois carros armadilhados em Reyhanl, pequena cidade do sul da Turquia próxima da fronteira com a Síria.
Duas viaturas armadilhadas explodiram no sábado perto da Câmara Municipal e do posto de correios de Reyhanli, na província de Hatay, junto à fronteira com a Síria, cerca das 13:45 locais (10:45 em Luanda), danificando gravemente estes edifícios.
As explosões ocorreram um dia depois da divulgação de que nas fileiras da organização terrorista Al-Qaeda estão cerca de 2.000 cidadãos turcos, que vivem no próprio país, segundo o jornal diário ‘Cumhuriyet’.
Segundo o jornal turco, um relatório da Organização Nacional de Inteligência da Turquia afirma que 2.000 turcos receberam treino militar em bases da Al-Qaeda no Afeganistão, no Paquistão, na Bósnia e na Chechénia, e que depois regressaram ao seu país para formarem células do grupo.
Fonte: noticiasaominuto