Trabalhadores paralisam circulação de Comboios


Os trabalhadores do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado, nas primeiras horas do dia, desta segunda feira (14), reivindicando entre várias outras reclamações, um aumento em 80 por cento do salário.

PAULO CUNHA/LUSA

 

O anúncio da greve foi confirmado ontem pelo secretário para os Assuntos Jurídicos do referido sindicato, Dias Kinkela, em declarações à rádio Ecclesia. As últimas tentativas para evitar a greve, de acordo com o responsável, foram feitas na quinta e sexta-feira, mas sem sucesso.

“Quando a direcção se recusou a negociar o ponto referente ao aumento salarial exigido pelos trabalhadores, na ordem de 80 por cento, todo o mundo começou a abandonar a sala”, disse Dias Kinkela.

Os cerca de 900 trabalhadores dos CFL anunciaram, na quarta-feira, uma greve por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira, protestando por melhores condições laborais, igualdade de subsídios, e aumento salarial na ordem dos 80 por cento.

Na quinta-feira, apesar de afirmar que decorriam negociações com a comissão negociadora, a administração dos Caminhos-de-Ferro de Luanda assumiu “insuficiências financeiras” para corresponder às reivindicações dos funcionários.

“É devido a dificuldades que a própria administração enfrenta, pelas insuficiências de recursos financeiros que, até hoje, não criámos melhores condições, ainda, tanto de trabalho como salariais para os trabalhadores”, esclareceu Augusto Osório, o director do Gabinete de Comunicação Institucional dos CFL, citado pela agência Lusa.

O responsável adiantou que a direcção da empresa pública está a par das preocupações expressas no caderno reivindicativo dos funcionários, datado de 4 de Dezembro, e já teve uma resposta formal da administração.

 

Por: Manuela Haila


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