Mais de 400 funcionários da Clínica Girassol entraram em greve, na manhã desta quarta feira. Segundo alguns funcionários, os motivos da paragem laboral são a falta de assistência médica, injustiça salarial e alegados descontos ilegais que não fazem parte do contrato.
De acordo com o que o SAPO pôde apurar, os manifestantes pretendem uma negociação executiva da Clínica Girassol, para que todos os funcionários (incluindo médicos e enfermeiros da Sonangol) possam ter os mesmos direitos. “Injustiças fazem há muito tempo, chegou a hora de acabar com isso” disse um dos manifestantes.
Ainda segundo declarações dos manifestantes, as injustiças começaram a partir do mês de Novembro, quando foi retirada a assistência médica dos funcionários das empresas que prestam serviços para a Clínica.
“Dentro da clinica os funcionários da EXCELMED, ganham 140 mil Kwanzas e um enfermeiro afecto à clínica Girassol ganha mais de 400 mil kwanzas e no entanto fazem o mesmo trabalho, têm a mesma categoria e uma diferença salarial abismal. O funcionário da EXCELMED faz trabalho noturno e não é remunerado, o funcionário da Sonangol, não faz trabalho noturnos e às 16 horas vai embora e ganha mais e ainda tem direito a assistência médica para si e para os seus filhos e pais, revelou o presidente do sindicato, Luís Silvestre.
Silvestre acrescentou que: “À minha filha, de três anos de idade, com febre de 40 graus foi negada assistência médica. Tive a liberdade de ligar para o enfermeiro Ambrósio Crispin, que é o superintendente da Clínica, a solicitar autorização para a assistência à minha filha e que na segunda-feira seguinte faria o pagamento, e foi-me negado. Tive novamente a liberdade de ligar para o “segundo homem” da clinica, o doutor Vasco Sabino, a solicitar uma autorização e sugeriu que fosse descontado no meu salário, a resposta que deram é que ‘não é exequível leva para o público’, a minha filha ficou desde as quatro horas, enquanto eu estava a trabalhar, até às nove horas, hora a que saí do serviço, para a levar ao hospital Américo Boa Vida.”
Alguns dos presentes revelaram também que responsáveis da empresa já se encontravam no local para responder às questões dos manifestantes.
Por:Sapo Angola