Técnico de saúde do Texas testa positivo para o ébola


Um profissional de saúde, que tratou de um homem que morreu de Ébola nos Estados Unidos, teve um resultado positivo num teste preliminar do vírus, informou hoje o Departamento de Serviços Médicos do Texas.

O teste preliminar realizado em um dos profissionais de saúde que atendeu a primeira vítima de ebola nos Estados Unidos deu positivo. No entanto, os americanos esperam o resultado da contraprova para confirmar o segundo caso da febre hemorrágica no Texas, a primeira situação de contágio dentro do país.

“Nós sabíamos que um segundo caso poderia ser realidade e estávamo-nos a preparar para esta possibilidade”, disse o médico David Lakey, comissário do Departamento de Serviços Médicos do Texas, citado pela agência noticiosa AFP.

“Estamos a ampliar a nossa equipa em Dallas e a trabalhar com extrema diligência para evitar a propagação” da doença, acrescentou.

O profissional, que não teve o nome divulgado, integrou a equipe do hospital Hospital Presbiteriano do Texas, que cuidou de Thomas Duncan, o liberiano que contraiu o vírus em seu país natal e morreu na última quarta-feira. De acordo com o protocolo, o profissional do hospital será submetido a um segundo teste, que será realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em Atlanta, Geórgia.

Segundo as autoridades de saúde do Texas, o americano teve febre na sexta-feira e foi isolado e testado. Eles não informaram, no entanto, se o profissional de saúde teve contato com Duncan quando os primeiros sintomas apareceram ou no período de isolamento.

“Profissionais de saúde entrevistaram o paciente e estão identificando seus possíveis contatos”, disse a Secretaria de Saúde, em comunicado. “As pessoas que tiveram contato com o profissional de saúde após o surgimento dos sintomas serão monitoradas com base na natureza de suas interações e o potencial de exposição ao vírus.”

O primeiro caso de ebola nos EUA foi confirmado a 30 de setembro. Os sintomas se manifestaram dez dias após Duncan chegar aos EUA em um voo vindo de Monróvia, capital da Libéria, via Bruxelas. O episódio gerou críticas ao protocolo de prevenção contra o ebola no país, já que, mesmo apresentando sinais da doença e informando aos médicos que havia estado no país africano, um dos países mais afetados com a epidemia, Duncan foi enviado para casa com a recomendação de tomar antibióticos e analgésicos.

Somente quando os sintomas ficaram mais graves ele foi colocado em isolamento em um hospital em Dallas, no Texas. O hospital chegou a testar a droga experimental contra o ebola no liberiano, mas ele morreu nesta quarta.

Depois do diagnóstico de Duncan, cerca de 50 pessoas continuam sob observação à espera de possíveis sintomas que confirmem se foram infectadas. Dentre eles está Louise Troh, noiva de Duncan, que permanece isolada em uma residência junto com seus dois filhos e dois jovens que moravam no apartamento onde Duncan se alojou antes de apresentar os sintomas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 8.300 casos da doença já foram confirmados, causando mais de 4 mil mortes. Os países mais afetados são Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Exit mobile version