Taxista rouba 1 milhão de kwanzas de passageira e é preso


O taxista João Pereira Filipe burlou uma passageira, que solicitou os seus serviços com finalidade de chegar a tempo ao terminal de voos domésticos, de onde partiria para Benguela, local em que apercebeu-se que foi enganada.

A senhora, por não ter dinheiro físico suficiente para pagar ao taxista, optou por liquidar a despesa por via do Terminal de Pagamento Automático, também conhecido pelas iniciais TPA.  Em vez de tirar dez mil kwanzas, que era o valor combinado para a corrida de táxi até ao aeroporto, o taxista “espertalhão” retirou do cartão multicaixa da vítima um milhão de kwanzas, operação que quis fazer uma segunda vez, com o argumento falacioso de que o recibo que saiu do TPA estava ilegível, segundo noticia o Jornal de Angola.

A vítima, mesmo não tendo olhado suficientemente para o comprovativo do pagamento, disse ao taxista que não fazia sentido ser feita uma segunda operação, uma vez que a saída do recibo era uma prova.

O roubo só foi constatado pela senhora após a mesma se encontrar já em Benguela. Quando se deslocou, no dia seguinte, a uma agência bancária para fazer o levantamento de uma importância monetária para pagar ao senhorio da casa onde vive, foi informada pelo gestor da conta que não tinha saldo suficiente.

Não ganhou para o susto. O único pensamento que teve, ainda na agência bancária, foi que havia sido burlada pelo taxista, que poderia ter levado dois milhões de kwanzas se deixasse que o burlão fizesse uma segunda operação.

Depois de ter sido informada do pagamento de um milhão de kwanzas feito a João Pereira Filipe, nome do beneficiário, ligou para uma sobrinha, que vive em Luanda, tendo esta feito uma denúncia pública através da Rádio Luanda, que disseminou a informação ao longo da semana que terminou ontem.

A iniciativa deu resultado. A Polícia Nacional entrou em cena e deteve na quinta-feira o taxista em casa quando via televisão. Durante a detenção, informou que já havia gasto 500 mil kwanzas. O taxista teve muito tempo para devolver o dinheiro, por ter chegado a falar, dias antes da sua detenção, com a sobrinha da vítima, que obteve o número do seu telemóvel através de um colega seu quando se deslocou ao aeroporto com a intenção de encontrar-se com João Pereira Filipe.

No terminal de voos domésticos, a sobrinha soube do colega que este já não aparecia no local de serviço desde o dia em que transportou a vítima. No contacto telefónico feito pela sobrinha da vítima a João Pereira Filipe, este confirmou ter retirado um milhão de kwanzas, montante que devolveria desde que a senhora lhe facultasse o IBAN para a transferência do valor.

Depois de ter sido enviado o IBAN, por mensagem, no mesmo dia, o taxista ficou incomunicável, já que o seu telemóvel estava desligado. O colega com quem a sobrinha conversou no aeroporto foi determinante para a localização da casa de João Pereira Filipe, que agora vai passar o resto da sua vida com o pensamento de que o crime não compensa.


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