Sonangol vai licitar mais de 18 concessões petrolíferas no ‘offshore’ angolano


A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) tem planos para licitar mais 18 concessões petrolíferas no ‘offshore’ angolano, a norte e sul do país, segundo o relatório anual da concessionária estatal do setor petrolífero.

De acordo com o documento, o conselho de administração da Sonangol aprovou, antes da entrada em funções, em junho, de Isabel dos Santos como presidente do conselho de administração, o programa de licitações para as novas concessões a negociar com operadores privados.

Destas licenças para pesquisa de hidrocarbonetos, seis estão localizadas na bacia do Congo (norte), casos dos blocos 08, 46, 47, 48, 49 e 50, e as restantes 12 na bacia do Namibe (sul), com os blocos 11 a 13, 27 a 30 e 41 a 45, indica o mesmo documento.

O Governo angolano aprovou em fevereiro de 2015 a divisão em 12 blocos da Zona Marítima da Bacia do Namibe, para futuras concessões petrolíferas, segundo despacho executivo do ministro dos Petróleos que a Lusa noticiou na altura.

De acordo com o documento, assinado pelo ministro Botelho de Vasconcelos, a decisão visa “definir e estabelecer a divisão em blocos” daquela zona ‘offshore’, permitindo assim “futuras concessões petrolíferas”.

Envolve uma área global superior a 68 mil quilómetros quadrados ao largo da província do Namibe, considerada por especialistas como de elevado potencial petrolífero.

A Sonangol anunciou em novembro de 2015 a fase final do processo de licitação de blocos no ‘onshore’, em terra, para pesquisa de petróleo e gás, que segundo a empresa podem representar mais de metade das reservas conhecidas do país, ou seja, pelo menos sete mil milhões de barris.

Em causa estava a exploração de petróleo nas bacias terrestres dos rios Kwanza (sete) e Congo (três), mas o concurso foi afetado pela forte quebra na cotação internacional do barril de crude nos últimos meses.

Segundo a Sonangol, relativamente a este concurso, foi feita a abertura e qualificação das propostas e dos grupos empreiteiros, “faltando apenas a contratualização”.

Os últimos dados oficiais da concessionária estatal angolana indicam que o país tem atualmente disponíveis para concessões 34 blocos e outros 18 estão em fase de produção, enquanto cinco foram entretanto abandonados.

Em 2015, questionado pela Lusa em Luanda, Paulo Jerónimo, administrador executivo da Sonangol para a Exploração e Produção de Hidrocarbonetos, que em junho último foi nomeado presidente da comissão executiva da petrolífera, esclareceu que as reservas de petróleo em Angola estavam então avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável).

Angola é atualmente o maior produtor de petróleo em África, com mais de 1,7 milhões de barris por dia.

Lusa

Exit mobile version