A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) pretende aumentar a produção de petróleo em Angola, cuja meta para este ano está fixada em 1,8 milhões de barris de crude por dia.
A posição foi assumida ontem em Luanda pelo diretor de produção da Sonangol, Belarmino Chitangueleca, que falava à imprensa à margem de uma conferência internacional promovida pela Ernest & Young (EY), sobre a competitividade do setor petrolífero em Angola.
Segundo o responsável, as operações da concessionária angolana continuam na “rota de crescimento”, apesar da crise petrolífera internacional. Acrescentou que a Sonangol pretende aumentar a sua produção e mantém a média de 1,8 milhões de barris por dia, que salientou estar “no bom caminho”.
Por outro lado, admitiu que devido à baixa do preço do barril de petróleo – quebra de 50 por cento desde o verão – há projetos de exploração que não avançaram entretanto, estando em curso ações de revisão dos custos e de novas contratações.
“Temos ambições, temos que aumentar a nossa produção para níveis mais altos e para isso teremos que trabalhar bastante para sancionar projetos que estão em estudo”, frisou Belarmino Chitangueleca.
De acordo com dados anteriores da Sonangol, a produção de petróleo em Angola diminuiu 2,6% em 2014, face ao ano anterior, para 1,671 milhões de barris por dia, e os lucros líquidos da concessionária pública caíram 77%, para 710 milhões de dólares (633 milhões de euros).
As reservas de petróleo em Angola estão avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável).
O diretor de produção da concessionária pública do setor petrolífero acrescentou ser necessário garantir a sucesso financeiro dos novos projetos, bem como lançar inovações no campo tecnológico de prospeção e exploração: “Há projetos que estão no bom caminho, do Cameia, do pré-sal [águas ultra profundas] e do Chissonga. Estão a caminho de serem sancionados”.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, tendo as receitas fiscais com a exportação de crude representado 70% do total arrecado pelo Estado angolano em 2014.
AR/Lusa