As petrolíferas Sonangol e Total anunciaram a entrada em funcionamento de um novo sistema de bombeamento num dos campos do bloco 17, no ‘offshore’ angolano, acrescentando assim 30.000 barris de crude diários à produção do país.
As duas empresas informam, em comunicado, que o projeto “Bombas Multifásicas (MPP)”, no campo “Rosa”, naquele bloco, arrancou na sexta-feira com a instalação, no fundo do mar, de quatro bombas multifásicas de alta pressão, ligadas à rede de produção submarina existente naquela área.
Esta “inovação tecnológica”, apresentada como uma “estreia mundial” vai adicionar 30.000 barris de petróleo de produção diária naquele bloco, em águas profundas a norte de Luanda.
“Essas bombas permitirão a recuperação de cerca de 42 milhões de barris de reservas adicionais”, refere a concessionária estatal Sonangol.
O bloco 17 é já um dos mais importantes em Angola, tendo atingido este ano a marca, acumulada, dos dois mil milhões de barris produzidos.
A francesa Total, através da unidade angolana, é operadora do bloco, com uma participação de 40% no capital da sociedade que o explora, tendo como associadas a Statoil (23,33%), a Esso (20%) e a BP (16,67 %).
Em julho passado, todo a produção exportada pelo bloco 17 – cerca de 22,4 milhões de barris de crude – rendeu 44,7% das receitas fiscais angolanas com a venda de crude, que então se cifrou, globalmente, em pouco mais de mil milhões de euros, naquele mês.
As reservas de petróleo em Angola estão avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável).
O país é o segundo produtor da África subsaariana, tendo aumentado a produção em 12%, em termos homólogos, no primeiro semestre deste ano, para mais de 1,7 milhões de barris de crude diários.
Essa marca passou já os 1,8 milhões de barris de petróleo por dia no segundo semestre.
AR/Lusa