Situação em Angola está “sob controlo” diz Governador do Banco Nacional


O novo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Pedro de Morais Júnior, disse hoje que os “fundamentos macroeconómicos” do país “mantêm-se sólidos e sob controlo”, apesar das dificuldades provocadas pela queda da cotação internacional do petróleo.

Banco Nacional de Angola

O governador do banco central falava aos jornalistas em Luanda após ter sido empossado nas funções pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, substituindo José de Lima Massano.”É verdade que o momento é particularmente difícil. O que tenho a dizer é que os fundamentos macroeconómicos do nosso país mantêm-se sólidos e sob controlo”, afirmou José Pedro de Morais Júnior, que entre 2002 e 2008 liderou o Ministério das Finanças de Angola.

Com a diminuição das receitas oriundas do petróleo – a cotação internacional do barril de crude caiu para metade em nos últimos seis meses – reduziram-se também as divisas que entram em Angola, estando a moeda nacional, o kwanza, em forte desvalorização desde Novembro.

O novo governador salientou ser “evidente” o momento de “dificuldade” vivido pelos países exportadores de petróleo, como Angola, sendo por isso “necessário afinar alguns instrumentos”.

“E é justamente isso que o senhor Presidente da República tem vindo a fazer nas últimas semanas. Estamos todos confiantes e gostaria já de deixar uma recomendação a todos os agentes do sistema financeiro nacional para assumirem as suas responsabilidades e, com serenidade, tentarmos levar a cabo e ultrapassar o mais depressa possível este pequeno momento”, declarou.

José Pedro de Morais Júnior referia-se aos relatos que têm vindo a surgir sobre restrições que a banca comercial angolana está a aplicar às operações financeiras e com cartões, nomeadamente envolvendo divisas, às quais o BNA afirma ser alheio.

O novo governador “recomenda” aos bancos comerciais que adoptem “medidas correctivas”, rejeitando, ao ser questionado pelos jornalistas, uma situação de pânico financeiro junto dos clientes, que se queixam da falta de acesso a dólares.

“Não há razão para isso [pânico financeiro]”, atirou.

Ex-ministro das Finanças, cargo que deixou em 2008, José Pedro de Morais Júnior assumiu-se “particularmente honrado” com as novas funções.

“Penso poder trazer para a equipa actual alguma experiência e contribuir para o trabalho que tem estado a ser desenvolvido”, disse.

Por: Lusa


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