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Serviços públicos de Angola entre os 11 piores de África, segundo o Banco Africano de Desenvolvimento

Segundo o BAD, a melhoria da qualidade de vida em Angola passa obrigatoriamente por um reforço nas políticas públicas voltadas à industrialização inclusiva.

Por Luzimenia da Silva

Um estudo recente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), lançou a luz sobre os desafios estruturais que Angola ainda enfrenta na oferta de serviços públicos essenciais. De acordo com o Índice de Prestação de Serviços Públicos em África, Angola ocupa a 43.ª posição entre os 54 países africanos avaliados, com uma pontuação geral de 40,1 — abaixo da média continental de 45,4.

Foto: DR

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O relatório em questão, avalia cinco áreas fundamentais entre elas, Energia, Soberania Alimentar, Inclusão Socioeconómica, Integração Regional e Industrialização. O único sector em que Angola apresenta um desempenho acima da média é o de Energia, com 64,5 pontos, resultado de investimentos contínuos em infraestruturas e políticas públicas voltadas à produção e distribuição de electricidade.

O país definiu como meta alcançar 70% de cobertura eléctrica até 2025, com foco em fontes limpas e renováveis. Contudo, nas demais dimensões avaliadas, Angola mostra fragilidades preocupantes. A soberania alimentar é um dos pontos mais críticos, com o relatório destacando a necessidade de desenvolver a cadeia de valor agrícola para reduzir a dependência de importações e garantir segurança nutricional à população.

A integração regional também aparece como um grande desafio. O estudo aponta a urgência em melhorar a liberdade de circulação de pessoas e mercadorias, bem como a ratificação de acordos regionais, para garantir maior competitividade e dinamismo económico dentro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e além.

No campo da inclusão socioeconómica e dos serviços sociais, a pontuação angolana também permanece abaixo da média continental, reflectindo a necessidade de políticas mais eficazes de distribuição de renda, educação e saúde.

Segundo o BAD, a melhoria da qualidade de vida em Angola passa obrigatoriamente por um reforço nas políticas públicas voltadas à industrialização inclusiva, segurança alimentar sustentável, e maior integração regional.

 

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