O fundador do site de vendas online e considerado o homem mais rico da china, desabafou dizendo que não é feliz, “isso é uma grande dor, porque quando você é a pessoa mais rica do mundo, todo mundo se aproxima de você pelo dinheiro” disse Jack Ma.
Aos 49 anos, o fundador da Alibaba, empresa de comércio electrónico que tem conquistado o mercado, confessa que sente uma “grande dor” pela responsabilidade e fama que o seu negócio lhe trouxe.
Ser milionário é sonho de muitos, mas Jack Ma, fundador da Alibaba, não está feliz em ter tanto dinheiro. Em entrevista à emissora americana CNBC, o empresário confessou estar sentindo a pressão após a bem sucedida Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) de sua companhia, que levantou o valor recorde de R$ 25 bilhões, e se disse “triste” com sua nova posição.
“Este mês não estou muito feliz. Eu acho que é muita pressão, eu tento me manter feliz, porque eu sei que se eu não estiver feliz, meus colegas não estão felizes, meus acionistas não estão felizes e meus consumidores não estarão felizes” disse Jack.
“Talvez as ações subam muito, talvez as pessoas coloquem muitas expectativas sobre você, talvez eu pense muito sobre o futuro e tenha muitas coisas para me preocupar . Eu estou feliz com os resultados, mas, honestamente, eu acredito que quando as pessoas apostam tanto em você, você tem a responsabilidade de se acalmar e ser você mesmo”, afirmou Jack.
Mas não é apenas o sucesso do IPO e o bom desempenho das ações da Alibaba a companhia acumula valorização de 26% desde a estreia na Bolsa de Nova York que preocupam Jack. Ser o homem mais rico da China pode atrair companhias indesejáveis, interessadas apenas no seu dinheiro.
As pessoas me dizem: “Jack, ser rico é bom”. Sim, é bom, mas não a pessoa mais rica da China. Isso é uma grande dor, porque quando você é a pessoa mais rica do mundo, todo mundo se aproxima de você pelo dinheiro disse o empresário. “Hoje, quando eu ando pelas ruas, as pessoas me olham diferente eu quero que as pessoas me vejam como um empreendedor, um cara que está se divertindo. E eu quero ser eu mesmo”.
Para se livrar dessa dor, o bilionário sugeriu estar em busca de formas para usar seu dinheiro contribuindo para a sociedade. A filantropia deve ser eficiente e eficaz, disse, porque “gastar dinheiro é muito mais difícil que fazer dinheiro”. Agora, ele pensa em estabelecer uma fundação, seguindo os passos de outro bilionário da tecnologia e fundador da Microsoft, Bill Gates.
Talvez a competição com o Bill Gates seja sobre quem pode gastar dinheiro de forma mais eficaz para fazer a melhor filantropia afirmou o milionário.
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