As amostras de sangue do agente da Polícia Nacional que cometeu o duplo homicídio, suicidando-se em seguida, no sábado(01 de Janeiro), foram remetidas ao Laboratório de Toxicologia, com objectivo de se esclarecer o que o motivou a partir para tal acção.
De acordo com o director do gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior (Minint), comissário Waldemar José, citado pela Angop, as amostras estão a ser analisadas, para se verificar eventual existência de álcool ou outra substância entorpecente.
O comissário destaca que as amostras podem auxiliar nas investigações em curso para aclarar quais foram efectivamente as motivações do incidente, frisando que o Minint criou uma Comissão Interna composta por responsáveis da inspecção-geral do ministério, do Serviço de Investigação, entre outros órgãos, para aferir as reais motivações da acção do agente.
Waldemar José realçou que a investigação poderá avançar para a instauração de um processo-crime, dependendo do que for apurado.
“Se for apurada a existência de mais alguém do corpo da guarda envolvido na tragédia e que esteja em vida, seja por negligência ou omissão, também será responsabilizado criminalmente”, explicou.
O porta-voz esclareceu, no entanto, que nada impede que o óbito do autor dos disparos tenha o apoio necessário, de acordo com o previsto na Lei.
“Os familiares não têm culpa do sucedido e a pensão pôs-morte será atribuída às três famílias, pois as vítimas deixaram viúvas e filhos menores, e, de acordo com a legislação, morreram no exercício da actividade laboral, devendo receber a pensão de morte e os descendentes menores terão direito a um subsídio, até atingirem a maior idade”, clarificou.
As duas vítimas serão sepultadas no Cemitério do Benfica, no município de Talatona, enquanto o autor dos disparos será enterrado no Cemitério Municipal de Viana.
O civil que foi alvejado nos membros superiores enquanto passava pela rua já recebeu a alta hospitalar.