Uma grupo de cirurgiões norte-americanos, realizaram no passado dia 25 de Setembro, no Langone Health, da Universidade de Nova York (NYU), uma operação com um rim de porco geneticamente modificado, o que permitiu que o órgão não fosse rejeitado pelo corpo humano.
O rim não foi exatamente implantado em um corpo humano, mas sim conectado aos vasos sanguíneos de um paciente em estado de morte cerebral com sinais de disfunção renal, cuja família autorizou o experimento, na parte superior da perna.
Após o procedimento, o órgão em questão funcionou bem, pelo menos dois dias e meio, que ajudou o homem a produzir uma quantidade esperada de urina, de um rim humano transplantado, e não houve evidências de rejeição vigorosa e quase imediata que já foi vista em rins suínos não modificados. Um avanço extraordinário que pode ajudar na luta contra a escassez de órgãos humanos, em particular rins.
Um transplante semelhante já foi tentado com primatas, mas até então nunca em humanos. Isso porque o organismo contém anticorpos que atacam um tipo de açúcar normalmente presente em todas as células dos porcos, o que causaria a rejeição imediata do órgão.
Porém, o porco foi geneticamente modificado para não produzir mais esse açúcar e, assim, não foi verificada nenhuma “rejeição rápida do rim”.
Nos Estados Unidos o tempo médio de espera para um rim é de três a cinco anos. Mais de 100 mil pessoas estão à espera de transplantes de órgãos, sendo que desses, mais de 90 mil aguardam por um rim.
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