A morte é uma das fases tristes que constituem o ciclo da vida. Assim sendo, o luto infelizmente fez parte de 2020 e várias foram as figuras públicas e pessoas anônimos que tendo deixado o mundo dos vivos, encheram o rosto de seus fãs, amigos e familiares de lágrimas e saudades.
O clima de dor e luto foi notório em várias esferas sociais, desde a política à cultura, passando pelo desporto, jornalismo até à diplomacia. O ano de 2020 ficou negativamente marcado na memória dos angolanos não só pela pandemia da Covid-19, mas por ter sido um ano de perdas irreparáveis.
A dor e consternação iniciou-se com o anúncio da morte, em Fevereiro último, do músico Kueno Ayonda, aos 33 anos, vítima de doença, no Hospital Américo Boa Vida.
Seguindo-se a do jornalista António Ferreira “Aleluia”, do Jornal de Angola, no mês de Junho, vítima de cancro, em Lisboa, para onde foi em tratamento.
Os angolanos viram partir no mês de Julho, igualmente, o general e nacionalista Kundi Paihama de 75 anos, vítima de doença prolongada.
Depois veio a público a notícia do antigo ministro da Defesa e governador de Benguela, quando o país ainda tentava se recompor da dor, faleceu o jornalista Paulo da Mata, vítima de Covid-19.
Pouco tempo depois, Angola chorou a perda do dirigente desportivo Miguel António “Camulogi”, peça fulcral na estratégia de direcção e liderança do Inter Clube.
O luto se estendeu com a morte do jornalista Edgar Cunha, um dos históricos apresentadores do telejornal da Televisão Pública de Angola.
Foi de Portugal que veio a triste notícia da morte, em Agosto, vítima de cancro, do conceituado músico Waldemar Bastos de 66 anos.
Dois dias depois, o país voltou a ser abalado pela notícia da morte de Carlos Burity, outro ícone da música angolana, que deixou Angola mais pobre em termos de executantes de semba.
Na mesma semana, morreu o embaixador de carreira Luís de Almeida, vítima de doença, agudizando, ainda mais, a dor dos angolanos, num ano considerado bastante negro para o país e o Mundo.
O cantor angolano, Jivago, autor do tema “Avó Teté”, que encontrava-se internado no Hospital do Prenda, em Luanda, faleceu em Outubro, vítima de doença.
O empresário Sindika Dokolo, morreu vítima de um acidente no mar, no Dubai. O também colecionador de arte africana tinha 48 anos, e era casado com Isabel dos Santos e ambos tiveram 4 filhos.
Eunice Carvalho Directora Geral para os Assunto, morreu no dia (10) de Novembro, na Clínica Girassol em Luanda, em consequência de uma aneurisma cerebral. Depois de uma intervenção cirúrgica , a gestora angolana foi colocada em coma induzido e não voltou mais a despertar.
Ainda a superar a morte da antiga Directora Geral para os Assunto, Eunice Carvalho, os angolanos foram surpreendidos com a notícia da morte do vencedor da primeira edição do Big Brother Angola, Larama, depois deste ter sentido fortes dores de estômago durante o final de semana e não ter se dirigido à uma unidade hospitalar.
O clima sombrio deste ano equipara-se ao de 2012, altura em que o país perdeu, no espaço de apenas quatro meses, igual número de músicos: Mamborró, Zecax, Chissica Arts e Nito Nunes.
Conforme várias opiniões expressadas nas redes sociais, por formadores de opinião e pessoas anónimas, o ano que se despede transformou-se num pesadelo.