Psicólogos defendem a avaliação periódica dos agentes da Polícia Nacional


Em função da tragédia ocorrida recentemente, onde um grupo de agentes da polícia nacional estiveram envolvidos, nas imediações do Ministério do Interior, especialistas em psicologia defendem a necessidade de haver maior rigor na avaliação psicológica, durante a admissão e periódica, dos agentes da Polícia Nacional.

Em reacção a tragédia ocorrida, em Luanda, em que um agente disparou mortalmente contra dois colegas e suicidou-se de seguida, vários psicólogos defendem que a avaliação psico-emocional deve ser frequente.

Para a psicóloga clínica Denise da Veiga, em declarações ao AngoRussia, é importante que a Polícia Nacional faça a avaliação periódica para evitar estes e outros casos piores.

“Acho necessário e importante que a polícia faça uma avaliação psicológica ao entrar e regularmente porque as pessoas têm muitas situações para resolver e uma avaliação periódica  certamente evitaria muitas dessas tragédias”, sublinhou a profissional de saúde mental.

Denise da Veiga salientou que já há algum tempo procurou saber se a polícia nacional tem psicólogos nas suas instituições, e sobretudo se fazem avaliação psicológica no acto de ingressão para a corporação. Pois “Não se deve colocar uma arma na não de qualquer indivíduo sem saber como está o seu psicológico, sobretudo nas mãos de pessoas que guardam a vida de outras”.

Por sua vez, em declarações a Angop, o psicólogo de trabalho, Manuel Fernandes, defende um recrutamento rigoroso dos futuros agentes da PN, devendo pautar por um perfil saudável com base não só na altura ou porte físico, mas também o psico-emocional, no sentido de se ter polícias melhor preparados e uma sociedade mais tranquila.

Miguel Neto, psicólogo criminal, sustenta que ” o ideal é termos polícias flexíveis, moderados de ponto de vista emocional, com afluência verbal, inteligentes e com a capacidade de dar solução a determinados problemas e situações imprevistas”.

A tragédia ocorreu às 6h da manhã, do primeiro dia de Janeiro, junto de um dos portões de acesso ao parque de estacionamento do Ministério do Interior, no distrito urbano da Ingombota, onde  foi, igualmente, ferido um cidadão civil que estava de passagem.

 


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