Depois de escaparem da responsabilidade criminal, os promotores do projecto “Build Angola”, que resultou em burla, vão enfrentar agora um processo civil em tribunal, do qual os lesados pretendem reaver os mais de USD 230 milhões burlados.
Hoje, a “Comissão dos Lesados pela Build Angola” deu entrada na Procuradoria Geral da República (PGR) de um processo de cerca de 237 contratos de aquisição de residências e lojas, para que esta acuse os promotores de burla e que o tribunal os responsabilize civilmente.
Os processos são de 240 cidadãos, mas a burla afecta mais de mil pessoas interessadas no litígio, que começou a ser forjado em 2007, envolvendo empreendedores brasileiros e angolanos.
A pretensão dos lesado é receber as casas ou recuperarem o dinheiro investido para obtenção de moradias.
Numa conferência de imprensa promovida hoje pelos lesados, o coordenador da comissão, Hélio Silvestre, disse que entregaram oficialmente à PGR um conjunto de documentos que comprovam o pagamento daquele valor, a fim de obterem imóveis no âmbito do Projecto “Build Angola”.
O coordenador disse que a PGR informou, após recepção dos documentos que foi constituída uma comissão para trabalhar no caso que renasceu após 10 anos adormecido sem qualquer esperança.
No processo, isto é, do lado dos acusados de burla, estão envolvidas várias empresas e cidadãos brasileiros e angolanos, mas Hélio Silvestre escusou-se em citá-las.
“Há muitos angolanos envolvidos nisso e que nós mencionamos os nomes das pessoas e as empresas nos documentos entregues hoje à PGR. A Procuradoria vai pronunciar-se a tempo sobre isso”, disse o lesado.
Questionado se Péle era investidor ou apenas rosto de publicidade do projecto, afirmou que nos vídeos que têm disponíveis, aquele cidadão brasileiro apresenta-se como investidor.
A Build Angola havia se comprometido em construir projectos como Bem Morar, Centro Comercial Build Boulevard, Copacabana Palace, Nossa Villa, Nosso Lar, Quintas do Rio Bengo, The One e Condomínio Villa Gonga.
Angop
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