Professor que matou e enterrou jovem de 19 anos no quintal do colégio é condenado a 26 anos de prisão


O Tribunal Municipal de Viana, condenou nesta terça-feira, 25 de Outubro, o professor Paciência Figueiredo, a 26 anos de prisão, por violar, matar e enterrar o corpo de uma jovem de 19 anos no interior do seu colégio, no bairro Tandi, município de Viana, em Novembro de 2021, após marcarem um encontro no Facebook. O homicida chegou a confessar em tribunal que a menina não foi a única vítima.

Foto: Google (Autor não identificado)

De acordo com o Novo Jornal, além dos 26 anos de prisão, o homem de 33 anos foi ainda condenado a pagar uma taxa de justiça de 50 mil kwanzas e deve indemnizar a família da vítima, como compensação, no valor de dois milhões kwanzas.

O mesmo, que não teria se mostrado arrependido, disse ao tribunal que não entende o motivo de ter sido condenado a uma pena de 26 anos.

“Acho que são muitos anos”, disse o arguido Paciência Figueiredo.

Importa lembrar, que Elisa Tati Sebastião Buana, a vítima, foi atraída pelo homicida através da rede social Facebook num anúncio de emprego em Novembro do ano passado. Segundo o Ministério Público (MP), no dia 17 do mesmo mês, o professor marcou um encontro com a jovem tendo dado o endereço do colégio que fica no bairro Tandi, município de Viana. Neste mesmo dia, contou a acusação, o arguido que enviou várias mensagens e telefonou para Elisa Tati Sebastião Buana, que se encontrava na Vila de Viana, por volta das 17h.

Após o arguido dar indicações, a jovem Elisa finalmente chegou ao local, de moto-táxi, onde o arguido a aguardava, e de seguida entraram para o interior do Colégio SG Nzoji Yetu, propriedade do agora condenado.

A acusação diz que ambos tiveram relações sexuais e a seguir o arguido a asfixiou até à morte sem razão nenhuma.

“A acção foi executada com frieza, sem qualquer repugnância do homicida”, referiu o Ministério Público.

Conforme o MP, o arguido vendou a boca e os olhos da vítima com fita adesiva e amarrou-lhe as pernas e os braços. Cavou um buraco no quintal do mesmo colégio e enterrou a jovem Elisa Tati Sebastião Buana.

A seguir, o homicida apropriou-se do telefone da jovem e escreveu na conta do Facebook da vítima: “olá, minha família e amigos, estarei ausente do Facebook por três semanas, faço uma formação de direito em Catete”.

O MP prosseguiu, afirmando que no mesmo dia, às 20:26, a mãe da vítima recebeu uma mensagem do telemóvel da filha, mas enviada pelo professor, dizendo que no local onde se encontrava não podia falar.

Desconfiada, a família fez uma participação à polícia que, passados meses, conseguiu deter o homicida. Em Fevereiro, apurou-se que o homem já tinha abusado sexualmente de pelo menos mais três meninas naquele estabelecimento de ensino, sendo que a última vítima acabou em homicídio.

Segundo porta-voz do SIC-Luanda, Fernando de Carvalho, a detenção do acusado ocorreu no âmbito da intensa investigação em torno do desaparecimento da jovem no início do mês de Novembro do ano passado. Em posse do homicida foi encontrado e apreendido um telemóvel de marca Samsung Galaxy S5, pertence da vítima, uma pá e uma enxada usada para a realização do acto.

A malograda era estudante do 1.º ano de medicina, e, segundo a mãe da jovem, a justiça foi feita.

“Nada irá trazer a minha filha de volta! Mas finalmente a justiça foi feita”, disse a mulher aos jornalistas à saída da audiência.

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