Princesa saudita detida, acusada de escravatura na Califórnia


Uma princesa saudita foi considerada culpada de escravatura na Califórnia, por ter feito trabalhar uma queniana em condições abusivas e lhe ter confiscado o passaporte, anunciaram hoje as autoridades norte-americanas.

A princesa saudita atrás das grades, ouve o tradutor nomeado pelo tribunal
A princesa saudita atrás das grades, ouve o tradutor nomeado pelo tribunal
Fotografia © Reuters/Alex Gallardo

Meshael Alayban, de 42 anos, uma das seis esposas de um neto do rei Abdallah, da Arábia Saudita, é acusada de ter feito trabalhar uma mãe de família queniana dezasseis horas por dia, sete dias em cada sete, em troca de um salário mensal de 220 dólares (168 euros), no seu palácio saudita e numa residência em Irvine, no condado de Orange, no sudeste de Los Angeles.

Alayban foi detida em Irvine na quarta-feira. Teve de entregar o seu passaporte às autoridades dos EUA e poderá sair da prisão se pagar uma fiança de cinco milhões de dólares e usar em permanência um sistema de geolocalização, não podendo sair do condado sem autorização, informou o procurador de Orange, em comunicado.

A princesa foi acusada de “escravatura de uma mulher queniana nos EUA, forçada a trabalhar como escrava doméstica contra a sua vontade”, especifica-se no comunicado.

A empregada, a quem tinha sido prometido um salário de 1.600 dólares por mês por cinco dias de trabalho semanal, começou a trabalhar em março no palácio da princesa.

Esta última “foi acusada de ter retido o passaporte da vítima e de a ter impedido de regressar ao Quénia”, segundo o gabinete do procurador.

Fonte: DN


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