Uma paciente norte-americana de 64 anos com leucemia, tornou-se a primeira mulher do mundo curada do HIV após receber um transplante de células-tronco de um doador que era naturalmente resistente ao vírus que causa o Sida, informaram pesquisadores nesta terça-feira, 15 de Fevereiro.
O caso aconteceu em Nova York e, desde que a mesma recebeu o sangue do cordão umbilical para tratar sua leucemia aguda, um câncer que começa nas células formadoras de sangue na medula óssea, a mulher está em remissão e livre do vírus há pelo menos 14 meses, sem a necessidade de tratamentos forte para o HIV, mais conhecido por antirretroviral.
Através de um comunicado Sharon Lewin, presidente da Sociedade Internacional de SIDA, explicou que este é o terceiro caso de cura e o primeiro em uma mulher a viver com HIV.
Os dois casos anteriores a esse ocorreram em homens que receberam células-tronco adultas, mais frequentemente utilizadas em transplantes de medula óssea.
“Este é agora o terceiro relato de cura neste cenário, e o primeiro em uma mulher vivendo com HIV”, disse Sharon Lewin.
Os casos fazem parte de um estudo financiado pelos EUA, liderado pela Dra. Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e pela Dra. Deborah Persaud, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. O do estudo é acompanhar 25 pessoas com HIV que se submetem a um transplante com células-tronco que são retiradas do sangue do cordão umbilical para tratar o câncer e outras doenças graves.
Os pacientes do estudo passam normalmente primeiramente por uma quimioterapia para assim matar as células imunológicas cancerígenas. Os médicos então transplantam células-tronco de indivíduos com uma mutação genética específica que os faz não possuir receptores usados pelo vírus para infectar células.
De acordo com o comunicado, os cientistas acreditam que esses indivíduos desenvolvem um sistema imunológico resistente ao HIV.
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