Presidente, João Lourenço diz que foram desviados 24 mil milhões de dólares dos cofres do Estado


O Presidente da República, João Lourenço, acredita que foram desviados do erário público cerca de 24 mil milhões de dólares (cerca de 20 mil milhões de euros), mais de metade dos quais através da Sonangol.

João Lourenço diz que “com bases nas investigações patrimoniais feitas pelo Serviço Nacional de Recuperação de Ativos, as perdas em que o Estado incorreu ascendem a 23,79 mil milhões de dólares”. Destes, acrescenta o responsável, “13,52 mil milhões foram desviados ilegalmente através de contratos fraudulentos com a [petrolífera estatal] Sonangol; 5,09 mil milhões foram retirados da Sodiam e da Endiama [empresas públicas ligadas aos diamantes]; e os restantes 5,19 mil milhões desviados de outras empresas e setores de atividade”.

Durante a entrevista ao diário financeiro The Wall Street Journal (WSJ), João Lourenço estima que que já tenha sido possível recuperar cerca de um quinto desse valor global – 4,9 mil milhões de dólares em dinheiro e outros cativos, incluindo interesses em Angola, Portugal e Brasil.

Na entrevista, o Chefe de Estado precisou que o Estado angolano recuperou, em dinheiro, dois mil milhões, setecentos e nove milhões e sete mil e oitocentos e quarenta e dois dólares e oitenta e dois cêntimos (2.709.007.842,82) e dois mil milhões, cento e noventa e quatro milhões, novecentos e noventa e nove mil e novecentos e noventa e nove dólares (2.194.999.999,00) em imóveis, fábricas, terminais portuários, estações de TV e Rádio, em Angola, Portugal e Brasil.

Ainda no aspecto económico, principal foco desta grande entrevista ao jornalista Benoit Faucon, João Lourenço assume que é sua previsão ter a Sonangol cotada em bolsas como a de Nova Iorque, Londres ou China, logo após a sua reestruturação.


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