Aumento não tem ainda data fixada, mas vai ocorrer no quadro da liberalização do sector eléctrico, que prevê, nomeadamente, a redução das subvenções públicas ao preço da electricidade. Só os mais pobres ficam ‘protegidos’.
O preço da electricidade deverá subir 10% a 15%, com a revisão do modelo tarifário a realizar no âmbito da liberalização do sector eléctrico, revelou o PCA do regulador.
Em declarações ao Expansão à margem da assinatura de protocolos entre o Instituto Regulador do Sector Eléctrico (IRSE) e empresas energéticas, no final da semana passada, Luís da Silva explicou que o Estado quer baixar custos com subvenções ao preço da energia, que ascendem a cerca de 48 mil milhões Kz.
Neste momento, afirmou, “o consumidor final tem a protecção do Estado”, por via das subvenções públicas, que cobrem a diferença entre o preço de venda e os custos associados à produção, transporte e distribuição de electricidade. Com o aumento do preço, “o dinheiro adicional pago pelos consumidores vai permitir às firmas suportarem os seus custos”, ficando a actual subvenção destinada apenas a famílias de baixa renda. O objectivo, disse Luís da Silva, é ‘cortar’ os encargos com a subvenção em cerca de 50%.
De acordo com o presidente do IRSE, o preço médio da energia eléctrica ronda os 15 Kz/kWh (quilowatt-hora), mas o consumidor final doméstico apenas paga 3,4 Kz/kWh, sendo o resto suportado pelo Estado. Já no caso dos clientes com corrente trifásica – estabelecimentos de comércio e serviços -, o cliente paga, actualmente, 4,4 Kz.
AR/Expansao