Com o início da greve dos taxistas nesta segunda-feira, 10 de Janeiro, logo nas primeiras horas do dia, vários cidadãos sentiram-se obrigados a deslocar-se a pé até aos seus locais de trabalho ou até as zonas em que há o serviço de moto-táxi.
Em detrimento da paralização dos serviços de táxis, anunciado na semana passada pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), parte da população da cidade capital viu-se obrigada a voltar para casa por falta dos azuis e brancos na via, enquanto outra parte obrigatoriamente teve que se locomover a pé de um ponto para outro, com intuito de pelo menos conseguir um turismo que estivesse a trabalhar ou mesmo contratar o serviço de moto-táxi.
Dona Teresa Pedro que vive na zona do Golf 2, disse que precisava se deslocar até a Vila do Gamek a pé porque sua empregadora não entenderia a situação e a colocaria falta que consequentemente daria desconto no final do mês.
“Eu tenho que ir ao trabalho de qualquer jeito, porque esses chefes não querem saber se os taxistas estão a fazer greve, se não levo uma falta que vão me descontar no final do mês, dinheiro já é pouco, ainda descontam mais! Sai as 06h30min do Golf 2, e o objectivo é chegar a Vila do Gamek, felizmente estou perto, só não sei como será amanhã, disse dona Teresa preocupada.
Já o jovem Sérgio portador de deficiência, frisou que apesar da sua condição teve que se deslocar uma certa distância para chegar ao ponto de moto-táxis e conseguir comparecer ao seu destino.
“Tive que andar da lixeira até aqui na portaria do projecto Nova Vida, para poder pegar uma moto e chegar ao meu destino. Devido a minha condição, normalmente eu pego um táxi de 100 kwanzas até a portaria e depois apanho uma moto, mas hoje foi diferente devido a greve dos taxistas que no final de tudo só estão a reivindicar os seus direitos”, contou.
Apesar de serem os mais prejudicados, os populares entendem e apoiam o posicionamento dos taxistas.
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