Apesar de ter sido amplamente elogiado pela coragem de expôr publicamente a sua orientação sexual nesta quinta-feira, em um emocionante artigo ao site Bloomberg BusinessWeek, o diretor-executivo da Apple, Tim Cook, também foi alvo de comentários preconceituosos por sua postura.
De acordo com o site Buzzfeed, Vitaly Milonov, membro da Assembleia Legislativa de São Petersburgo, afirmou que o executivo deveria ser banido da Rússia.
“O que ele (Cook) poderia nos trazer? O vírus ebola, aids, gonorreia? Todos eles têm relações impróprios por lá. Vamos bani-lo” disse o político ao site FlashNotd.
Milonov é conhecido por sua oposição aos direitos LGBT, e foi um dos criadores da lei local que se tornou base para a legislação nacional apelidada de “anti-propaganda gay”, bastante criticada pela comunidade internacional.
Em seu artigo, Cook se disse “orgulhoso por ser gay”, algo que considera “um dos maiores presentes de Deus”:
“Ser gay me deu um profundo entendimento do que significa ser parte de uma minoria e me deu uma janela aos desafios que pessoas em outros grupos de minorias lidam todos os dias”, afirmou.
Ainda repercutindo a iniciativa de Cook, o site da revista “Time” salientou o fato de que, de acordo com a ONG União Americana pelas Liberdades Civis, um profissional que adotar a postura do diretor-executivo da Apple, ou seja, se assumir publicamente gay pode ser demitido de seu emprego em 29 estados americanos.
Isso ocorre porque o Congresso dos EUA ainda não conseguiu aprovar uma legislação federal para banir a discriminação a respeito da orientação sexual de um indivíduo em locais de trabalho.