Angola vai (finalmente) ganhar um oleoduto (pipeline) que vai ligar as cidades de Lobito (Benguela, Angola) e Lusaka (Zâmbia). O investimento, sem recurso a fundos públicos, poderá custar mais de dois mil milhões de dólares.
A construção do projecto denominado – AZOP-Angola – Zâmbia Oil Pipeline, cujo Memorando de Entendimento foi assinado recentemente, só será concretizada, depois dos estudos de viabilidade, que serão feitos num período de dois anos, por equipas técnicas dos dois países.
A Sonangol e a empresa a ser indicada da parte da Zâmbia vão aprimorar, proximamente, os estudos de viabilidade voltados para questões económicas, técnicas, financeiras, ambientais e outras.
Após a assinatura deste instrumento, segue a criação das condições para que se proceda à realização das componentes inerentes ao referido estudo.
Segundo a Angop, depois dos dois anos do estudo de viabilidade, que se efectuará, os resultados serão submetidos aos governos para decisão final deste projecto, sugerido pela República da Zâmbia.
Caso seja concretizado, a iniciativa prevê a criação de oito a 12 mil empregos nos dois países, na fase de construção, segundo o ministro zambiano, Matthew UKuwa, em declarações à imprensa, após a assinatura do Memorando.
“Uma vez implementado, o projecto de pipeline, que terá várias linhas, poderá criar até quatro mil empregos permanentes em Angola e na Zâmbia”, disse Matthew Nkuwa citado pela Angop.
Para o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, o papel de Angola é crucial neste projecto, apesar da responsabilidade ser dos dois países.
Segundo o governante angolano, o Memorando de Entendimento cria balizas para que os dois países, mas antes vai se esperar pelos estudos deste instrumento assinado e os resultados que irão determinar a viabilidade ou não do projecto e indicar os benefícios.
Apesar do papel principal ser de Angola e da Zâmbia, Diamantino Azevedo disse que os dois países estão abertos para receber contribuições de outros membros a nível da SADC, augurando ainda que o estudo apresente a importância do “pipeline” para a região.
Questionado sobre as capacidades locais, o governante angolano referiu existirem reservas de petróleo suficientes ainda para algumas décadas mais.