A informação foi adiantada ontem “13 de Março” a imprensa, por João Maria de Sousa, Procurador Geral da Republica, que a sua instituição recuperou, recentemente, três crianças angolanas que haviam sido traficadas para França.
O Procurador explicou que receberam a denúncia da existência de uma criança angolana na Europa, com indícios de que teria sido traficada, por parte da Embaixada de França em Angola. O que levou os quadros da sua instituição a trabalharem arduamente para averiguar a denúncia e descobrir como foi possível ela sair de Angola sem que os órgãos competentes se apercebessem que estava a ser traficada.
Para surpresas dos investigadores, descobriram que não era apenas uma criança mas sim três, e que tal processo se deu por via da falsificação de documentos. “Nós continuamos a trabalhar neste caso, mas há outros a serem tratados também neste âmbito”. Advogou a necessidade de existir maior controlo nas missões diplomáticas existentes em Angola, por ser o local onde são requeridos os vistos que permitem que essas crianças, e nalguns casos jovens mulheres, sejam traficadas para outros países.
Indagado sobre os motivos que levam com que os angolanos desses dois grupos sejam traficados, alegou que não estavam em condições de precisar porque o seu elenco encontra-se a trabalhar não só internamente como com as autoridades dos países de destino. “Mais tarde estaremos em condições de dar maiores informações. Ademais, como devem compreender, nós não podemos fazê- lo agora porque se o fizermos também perderemos algumas pistas e provas”, afirmou.