A petrolífera francesa Total vai investir 16 mil milhões de dólares (um trilião e 600 mil milhões de kwanzas) em águas ultra-profundas do off-shore angolano, anuncia a Sonangol, em comunicado de imprensa distribuído hoje em Luanda.
A fonte acrescenta que o dinheiro será aplicado no projecto Kaombo e representa menos quatro mil milhões de dólares (400 mil milhões de kwanzas) do que o inicialmente previsto.
Com uma capacidade de produção diária prevista de 230 mil barris, a iniciar-se em 2017, o Kaombo está numa área com reservas estimadas em 650 milhões de barris.
O projecto está situado a cerca de 260 quilómetros ao largo de Luanda, numa lâmina de água entre 1.400 e 1.900 metros.
Irá desenvolver seis das 12 descobertas já realizadas no Bloco 32 (Gengibre, Gindungo, Caril, Canela, Mostrada e Louro), que se estendem por 800 quilómetros quadrados, na parte central e sudeste do mesmo Bloco.
O esquema de desenvolvimento do Kaombo inclui 59 poços submarinos ligados, através de uma rede de linhas submarinas de cerca de 300 quilómetros, a duas unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO), com uma capacidade de produção de 115 mil barris diários cada.
As duas FPSO resultarão da conversão de dois navios de transporte de petróleo (VLCC- Very Large Crude Carrier). O gás associado será exportado para a fábrica de liquefação em terra, a Angola LNG, localizada na cidade do Soyo, na província do Zaire.
A francesa Total é operadora do Bloco 32, no qual detém uma participação de 30 por cento, ao lado da Sonangol Pesquisa & Produção, com idêntica percentagem, a Sonangol Sinopec Internacional (20), a ExxonMobil (15) e a portuguesa Galp (5).