Na noite da sexta-feira 13, Paris se viu diante de um intenso ataque terrorista coordenado, que deixou 128 mortos, 180 feridos dos quais 80 estão em estado grave. Por volta de 88 reféns foram mortos durante um show de rock no teatro Bataclan. Cerca de 40 pessoas morreram vítimas de homens armados que dispararam em cinco pontos da capital francesa. Ocorreram três explosões do lado de fora do Stade de France, onde a seleção de futebol do país jogava um amistoso contra a Alemanha. Cinco pessoas morreram no entorno do estádio, disse a polícia. A França abriu um alerta vermelho para todos seus cidadãos.
Um ataque armado no 10° distrito de Paris deixou mortos e feridos, segundo a polícia da capital francesa. Pelo menos um homem com arma automática invadiu o local. Estimativas davam conta de quatro a dez pessoas que morreram no restaurante Le Petit Cambodge.
A área onde decorreu o primeiro tiro é próxima à Praça da República, área muito movimentada de Paris. De acordo com testemunhas, os agressores fugiram após disparar mais de cem vezes, e pessoas estavam sendo retiradas às pressas do local — também perto do canal Saint Martin, área muito frequentada às sextas-feiras à noite.
O segundo ocorreu logo depois perto do local, no boulevard Voltaire. Dois homens armados entraram no bar Le Carillon e começaram a matar, de acordo com testemunhas. Um dos terroristas teria gritado “Allahu akbar” (Deus é grande) e “Isso é pela Síria”, testemunhas disseram, indicando que eles poderiam ser radicais islâmicos.
A polícia relatou um terceiro que fez reféns no próprio Bataclan. O episódio ocorreu no meio do show da banda Eagles of Death Metal, do vocalista do Queens of the Stone Age, Josh Homme. Ele não estava na turnê, no entanto. Ao menos 30 foram libertados, e um refém pediu pelas redes sociais que a polícia invadisse o local, porque os jihadistas teriam prometido matar “um a um”.
Por volta de 0h30m (de Luanda), explosões e tiros foram ouvidos na área. Os três terroristas se explodiram quando a polícia chegou no local, e resultou na morte outras quatro pessoas. De acordo com o vice-prefeito parisiense, Patrick Klugan, ao menos 118 morreram somente no ataque.
Depois de três explosões dentro do estádio, em Saint-Denis, o presidente François Hollande foi retirado do local. Os acessos ao estádio foram fechados às pressas, mas o jogo prosseguiu. Ao fim do jogo, os alto-falantes pediram calma na saída dos presentes. Muitas pessoas ocuparam o gramado, com medo da situação — ficaram retidos.
A polícia falou que a primeira explosão foi de uma granada que um terrorista jogou contra uma lanchonete, e disse que ao menos cinco pessoas morreram no local. Depois, a dupla se explodiu no entorno.
Durante a manhã, uma ameaça de bomba contra o hotel da seleção alemã forçou a retirada dos presentes no estabelecimento, mas não foram encontrados explosivos.
Um quarto tiroteio aconteceu ainda no principal shopping de Halles, depois dos demais ataques. O local é muito movimentado, e é tido como um dos principais estabelecimentos no coração da cidade.
Oito terroristas morreram nos ataques, sete deles ao detonarem explosivos. Três homens detonaram explosivos que carregavam, se matando perto do Stade de France; outros três homens-bomba teriam se explodido no teatro Bataclan, e um quarto foi morto durante o ataque da polícia ao local; outro homem-bomba teria detonado explosivos próximo ao Boulevard Voltaire.
Após os ataques, vários líderes mundiais se pronunciaram em solidariedade e expressando consternação.
Fonte: OGlobo