Para diversificar economia, Arábia Saudita irá construir megacidade de US$ 500 bilhões com 33 vezes o tamanho de Nova York


A Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo,  está a construir uma nova cidade, com 33 vezes o tamanho de Nova York, nos Estados Unidos. O projeto de US$ 500 bilhões tem como objetivo diversificar a economia do país e diminuir sua dependência do petróleo.

Batizada de Neom, a cidade foi anunciada pelo príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman. Os planos são ambiciosos. Neom será 100% abastecida por energia renovável. De acordo com o príncipe, o financiamento para a obra será feito tanto com recursos do governo saudita como de investidores privados. As autoridades esperam que um programa de financiamento, que inclui a venda de 5% da gigante do petróleo Saudi Aramco, arrecade US$ 300 bilhões para a construção da cidade.

A Arábia Saudita espera concluir a primeira parte da nova cidade até 2025. De acordo com o material de divulgação, “o projeto é feito para transformar o reino em um líder global de inovação e um centro de negócios, com o objetivo de para estimular a indústria local, criar empregos no setor privado e impulsionar o PIB do reino”.

Estão previstos cinco palácios na costa do Mar Vermelho. Eles serão para o rei, o príncipe herdeiro e outros membros da alta realeza. Os prédios terão arquitetura tradicional de estilo marroquino, desenhos islâmicos e azulejos coloridos. O complexo de palácios incluirá uma marina, helipontos e um campo de golfe.

Já a cidade comercial e industrial terá um perfil bem mais moderno. Segundo o governo saudita, a principal diferença do planejamento urbano será a nova tecnologia aplicada nos projetos de infraestrutura. “Este lugar não é para pessoas convencionais ou empresas convencionais, este será um lugar para os sonhadores do mundo”, disse o príncipe Bin Salman.

Para isso, a Neom pretende atrair os “melhores talentos de todo o mundo para ampliar os limites da inovação como nunca antes e impulsionar o crescimento da região”. O governo saudita destaca as vantagens econômicas e geográficas da região, ressaltando que aproximadamente 10% dos fluxos de comércio mundial se dão pelo do Mar Vermelho, conectando Ásia, Europa, África e América. Até mesmo o clima local é elogiado. Segundo o material de divulgação, a cidade será localizada em um local único, com uma temperatura cerca de 10°C menor que a média do entorno, já que estará cravada em região montanhosa, com ventos frescos vindos da região do Mar Vermelho. A região conta ainda com 468km de costa com praias intocadas, ilhas e até montanhas de 2,5 mil metros de altitude.

Os ventos locais seriam, inclusive, um incentivo para a instalação de uma estrutura para explorar recursos eólicos e com espaço também para energia solar. Com o foco em fontes renováveis de energia, a mobilidade ganha destaque já que provavelmente nas ruas da cidade irão circular apenas veículos elétricos.

O país nomeou Klaus Kleinfeld, ex-CEO da Siemens AG e da Alcoa para dirigir o projeto Neom.


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