Pai mata filho de 8 anos por ser ‘afeminado’ queria ‘ensiná-lo a ser homem’


Alexandre André foi preso na Zona Oeste do Rio no dia 19 de fevereiro. De acordo com a Polícia Civil, a Justiça determinou a prisão temporária depois que ele confessou ter batido no menino. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio nesta quarta-feira (16), o homem vai a júri popular, a decisão foi do juiz titular da 1ª Vara Criminal da Capital, Fábio Montenegro.

Segundo a Polícia Civil, o menor deu entrada dois dias antes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Kennedy, em Bangu, mas já estava morto. Ele apresentava sinais de agressão e a equipe médica acionou a polícia.

O corpo do garoto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). De acordo com a Polícia Civil, o laudo de necropsia apontou que ele morreu em decorrência de hemorragia interna e dilaceração do fígado.

Na ocasião do crime, o depoimento do réu e as declarações das autoridades policiais davam conta de que o crime foi cometido porque o menino teria um comportamento desobediente. No entanto, na recente decisão do TJ-RJ, o juiz frisou que as agressões contra o menor eram frequentes e ocorriam porque o pai dizia que o filho tinha um jeito “afeminado”.

A decisão foi antecipada pela coluna do Ancelmo Gois, no jornal O Globo. “Ocorre que o denunciado, entendendo ser o menino ‘afeminado’, porque brincava de dançar e andava por vezes ‘rebolando’, passou a espancá-lo frequentemente, com o intuito de ‘ensiná-lo a ser um homem’, sendo esta a motivação para a prática do crime”, destacou o juiz na decisão.

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