O Hospital Universitário de Nantes, na França, foi condenado a pagar 61 mil euros (cerca de 32 milhões de kwanzas) a um paciente que teve o pénis totalmente removido, sem necessidade. O tribunal administrativo constatou “infrações culposas” da instituição que levaram a esta operação.
Segundo informações do France Bleu Loire Océan, o caso teve início em 2014, quando após uma consulta médica, o paciente de 30 anos foi diagnosticado erroneamente com um quadro avançado de carcinoma, tumor maligno que se originam nos tecidos epiteliais, no órgão genital. Cirurgias desnecessárias foram feitas até junho de 2017 para eliminar a doença que não existia naquele nível. Ao final do processo, o paciente acabou por ter o pénis inteiramente amputado.
Após o paciente entrar na Justiça contra a unidade médica, o tribunal administrativo francês constatou infrações culposas do estabelecimento, considerando que o erro foi de total responsabilidade do hospital, condenando-o a pagar 61 mil euros (cerca de 32 milhões de kwanzas) para cobrir os prejuízos do paciente por sofrimento psicológico e emocional, déficit funcional permanente e ainda por dano à vida sexual do paciente.
Em entrevista ao France Bleu Loire Océan, a vítima mostrou-se revoltada ao considerar que a condenação é insuficiente e pediu ao hospital um montante de 976 mil euros (cerca de 521 milhões de kwanzas) em indemnização pelos danos sofridos originalmente, mas seu pedido foi negado.
“Tenho ódio deste médico que não me ouviu. Ele jogou roleta russa comigo! Não sinto mais nada. Não podemos substituir a sensação do pénis por vários sensores. Fale sobre isso com um homem, para ele é impensável!”, lamentou.