ONU apoia combate ao terrorista Boko Haram


O Secretário-Geral das Nações Unidas elogiou, em Addis Abeba, a decisão da União Africana (UA) de criar uma força regional de 7.500 soldados para lutar contra o Boko Haram.

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“Saúdo a decisão da UA e dos países da região de criarem uma força multinacional contra o Boko Haram”, disse Ban Ki-moon, à margem da cimeira da organização Pan-Africana.
“Cometeram brutalidades inominável. Estes terroristas devem ser combatidos com uma cooperação regional e internacional”, declarou.
No âmbito daquela cooperação, a aviação do Chade bombardeou a cidade nigeriana de Gamboru, base do Boko Haram, na fronteira com Camarões, onde o grupo teve na sexta-feira confrontos com soldados do primeiro daqueles países, anunciaram fontes militares de N’Damena e de Yaundé.
Após dois dias de combates nos Camarões, o Exército Chadiano diz ter sofrido uma baixa e abatido 123 elementos do Boko Haram.
Uma fonte diplomática revelou que a ONU pode participar nesta força conjunta com “conselheiros e apoio logístico”.
Pelo menos 13 mil pessoas morreram e mais de um milhão tiveram de abandonar as casas desde o início da ofensiva dos rebeldes, em 2009.
O auge do Boko Haram transformou-se numa crise regional que afecta directamente a Nigéria, Camarões, Níger e Chade que, juntamente com o Benim, decidiram criar uma força conjunta de 7.500 soldados. A proposta foi apoiada pela UA, que pretende o aval do Conselho de Segurança da ONU, assim como uma ajuda económica para financiar a missão militar.
Ban Ki-moon ainda afirmou que a força militar “não é a única solução” e que “é preciso atacar as origens profundas da propagação deste extremismo violento”.
A presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini-Zuma, referiu que “os islâmicos radicais nigerianos do Boko Haran são uma ameaça para a segurança de todo o continente africano e exigem uma resposta colectiva e decisiva”.
“O terrorismo, em particular a brutalidade do grupo extremista islâmico Boko Haram contra as populações civis e inocentes, representa uma ameaça à nossa segurança colectiva e ao nosso desenvolvimento”, declarou na abertura da cimeira da organização. Pelo menos 123 elementos do Boko Haram e três soldados chadianos morreram em ataques lançados por aquela organização nigeriana no extremo norte dos Camarões, afirma um comunicado do Estado-Maior do Exército do Chade.
O documento recorda que em 17 de Dezembro um contingente de tropas e viaturas militares foi enviado para o país vizinho “para lidar com a crescente ameaça que o Boko Haram representa para a região”.


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