OMS alega que não há sinais evidentes de que a Omicron seja mais grave que a variante Delta


A  Organização Mundial da Saúde (OMS) sublinha ser ainda cedo para se ter certezas sobre a nova variante do covid-19 que já chegou a Portugal, uma vez que não há evidências de que os sintomas gerados pela variante Omicron sejam mais graves que os da Delta.

A Agência da ONU para a Saúde alerta, no entanto, que esta variante, que já chegou a Portugal, país com quem Angola tem mais voos semanais, pode ter maior capacidade de transmissibilidade. Porém a OMS sublinha igualmente, no documento publicado na sua página oficial, que ainda é cedo para se ter quaisquer certezas sobre o potencial patogénico global da Omicron, a variante descoberta pela primeira vez no Botsuana e identificada nos laboratórios da África do Sul.

A referida agência das Nações Unidas, deixa perceber alguma insatisfação pela reacção geral de fecho de fronteiras e suspensão de voos para cinco países vizinhos do Botsuana e da África do Sul sem que existam, até agora, evidências de uma relação directa entre o local da identificação e a origem desta nova estirpe.

Isto, quando cientistas em todo o mundo, desde logo da África do Sul, estão a conduzir uma investigação de larga escala para melhor conhecer a Omicron, que gerou pânico devido ao elevado número de mutações, pelo menos 32, mas que cientistas de todo o mundo se apressaram a dizer que não existe uma relação directa entre esse número de mutações e perigosidade.

Apesar desse esforço global, refere a OMS, “ainda não é claro se a Omicron é mais transmissível entre pessoas quando comparada com as outras variantes, incluindo a Delta” , que é a que predomina nos quatro cantos do planeta actualmente.

E no que diz respeito à severidade dos sintomas e da doença gerada pela nova variante, a OMS avança igualmente que não existem dados que permitam dizer seja o que for com certezas, mas admite que os primeiros dados em avaliação, escassos e inconclusivos, sugerem que não existem diferenças substanciais em relação às outras variantes.

Porém, existem igualmente indícios de que pode haver um crescimento de  infecções com esta nova variante sem que isso permita ir além da afirmação de que a Covid-19 é uma doença grave que causa hospitalizações intensivas e morte, seja quais forem as variantes em apreciação.

Para já, aumentam as críticas e questionamentos sobre a maior parte dos países europeus, norte-americanos e mesmo africanos que, antes de haver certezas científicas sobre a letalidade da Omicron e da sua transmissibilidade, correram a fechar fronteiras e a suspender voos de países como o Botsuana, África do Sul, Zimbabué, Moçambique, Lesoto.


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