OMS adverte que nenhum país sairá da pandemia com reforço da vacinação


O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, advertiu que nenhum país sairá da pandemia com doses de reforço e lamentou que apenas metade dos países do mundo tenha conseguido vacinar antes do fim de 2021 pelo menos 40% da sua população contra a covid-19.

Tedros Adhanom Ghebreyesus tem se manifestado contra a administração de doses adicionais de vacinas quando uma parte da população mundial, a mais pobre, em particular em África, continua por imunizar.

“Os programas indiscriminados  de reforço da vacinação tendem a prolongar a pandemia em vez de  acaba-la, desviando as doses disponíveis para países que já têm altas taxas de vacinação, dando assim ao vírus mais oportunidades de se espalhar e sofrer mutações”, disse o director-geral.

A meta fixada pela OMS era que todos os países do mundo tivessem antes do fim do ano pelo menos 40% da população vacinada contra a covid-19, para Tedros Adhanom Ghebreyesus, uma melhor distribuição das doses já administradas, mais de oito mil milhões de doses, teria bastado para alcançar a meta.

O dirigente da OMS, que falava na videoconferência de imprensa regular da organização sobre a evolução da pandemia, lamentou, a este propósito, que países “distribuam vacinas de reforço para toda a sua população” quando “três em cada quatro profissionais de saúde em África ainda não estão vacinados”.

Tedros Adhanom Ghebreyesus espera, ainda assim, que no primeiro trimestre de 2022 o fornecimento de vacinas para o mecanismo de distribuição universal e equitativa Covax, destinado aos países mais pobres, seja suficiente para vacinar toda a população global e dar doses a todos os grupos de risco.

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