A data parece não ser muito importante, mas na verdade é uma das datas mais significante para aquelas mulheres que vivem ou viveram em algumas das regiões do pais onde é permitido a mutilação genital feminino. Anualmente o dia (06), de Fevereiro é celebrado por toda parte do mundo como o ‘Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina’.
O principal objectivo desta data é combater em varias regiões do pais a mutilação genital feminina, uma pratica que vem afectar cerca de 7 mil mulheres por dia, algo que é considerado violação dos direitos humanos.
A mutilação genital feminina mais conhecida como a ‘Circuncisão feminina’, é uma remoção ritualista da parte dos órgãos sexuais externos ‘clitoris’, femininos executada só por um circuncisador tradicional que utiliza apenas uma lamina sem anestesia. Ela resulta em sérias hemorragias, quistos, infecções, problemas urinários, infertilidade, problemas no parto e risco de morte natal.
São cerca de 27 países africanos que praticam esse acto, e a idade media para se realizar esta num intervalo de 12 aos 15 anos de idade. Estima-se que existem cerca de 140 milhões de mulheres e meninas, espalhadas por mais de 29 países do mundo, a viver com metade dos seus órgãos sexuais.
A mutilação genital feminina já tem vindo a ser ilegalizada ou restringida em maior parte do mundo onde essa pratica é comum, embora ainda existir uma grande dificuldade em fazer cumprir a lei. Desde a década de 90 que existem esforços intencionais para promover a rejeição desta acção considerada um acto repugnante. Cerca de 6.576 mulheres foram submetidas a mutilação, das quais 5.974 pertencem à comunidade imigrante da Guiné-Bissau, 163 da Guiné – Conacri, 111 do Senegal e 55 do Egipto.
Em 2012 a Assembleia das Nações Unida (ANU), reconheceu que o acto é uma violação ao direitos humanos e votou de forma unânime no sentido de intensificar estes esforços.