Chegou até Luanda o contágio da legionella de Vila Franca de Xira. Há dois doentes infetados em Luanda, Angola, e em Lima, na capital do Peru.
À agência Lusa, o Director-geral da Saúde, Francisco George, confirmou os dois casos avançados pela SIC Notícias, indicando que as pessoas adoeceram já no seu país de origem, depois de terem estado na zona de Vila Franca de Xira, em Portugal.
Tanto num como no outro caso são doentes que passaram pelo concelho de Vila Franca.
O cidadão angolano, que entretanto se deslocou para Luanda, esteve a passar uma semana em Vialonga juntamente com a família.
Já o cidadão que vive em Forte da Casa e que na sexta-feira voou para a capital do Peru é portador do mesmo subgrupo de legionella dos doentes infetados em Vila Franca de Xira.
Até ao momento, registou-se 264 casos e cinco mortes do surto de “legionella”, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, havendo casos em hospitais de outras zonas do país ligados ao surto de Vila Franca de Xira.
A doença, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
A Legionella é uma bactéria que ficou conhecida devido a um trágico acidente numa convenção da American Legion, em 1976, na Filadélfia, onde repentinamente 34 participantes faleceram e 221 contraíram uma pneumonia grave. A busca do motivo dessas mortes levou ao conhecimento mais apurado da bactéria, apesar já ser, na época, uma bactéria conhecida.