O governo da Hungria vai alterar a legislação do país em relação ao aborto, pretende introduzir uma lei que obriga uma mulher que tenha a intenção de fazer um aborto ouvir o batimento cardíaco do feto antes de consentir a realização do procedimento médico.
Em declarações citadas pelo jornal britânico “The Guardian”, o ministro do Interior da Hungria, explicou que a ideia surge através de uma questão cultural, onde boa parte dos cidadãos daquele país associam o início da vida da criança ao primeiro batimento cardíaco.
“Cerca de dois terços dos húngaros associam o início da vida da criança ao primeiro batimento cardíaco”, afirmou o ministro.
De acordo com a imprensa internacional, é a primeira vez que o governo de extrema-direita de Viktor Orbán faz alterações à lei do aborto na Hungria, onde ao longo da última década Orbán tem vindo a promover a implementação de políticas conservadoras no país, centradas na importância dos valores familiares tradicionais.
As condições impostas às mulheres incluem a obrigatoriedade de duas consultas com os serviços sociais do Estado para discutir a possibilidade de dar o recém-nascido para adoção ou de beneficiar de apoios específicos para mães.