O dólar norte-americano, divisa utilizada para pagamentos de Angola ao exterior e transaccionada no mercado interno, informalmente, valorizou-se cerca de 37% face ao kwanza, moeda nacional angolana, devido à crise do petróleo.
Devido às restrições impostas pelos bancos comerciais no levantamento de divisas aos balcões, face à escassez da moeda norte-americana, as taxas praticadas no mercado informal têm vindo a disparar, com a compra de cada dólar a 280 ou 300 kwanzas (100 USD custa cerca de 28.000 mil kz). Em causa está a diminuição de receitas de venda do barril de crude por Angola, o que fez diminuir a entrada de divisas no país, provocando a escassez de dólares no mercado e dificultando o pagamento das empresas a fornecedores internacionais.
Segundo o relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, ao qual a Lusa teve acesso no passado dia 7 de Setembro, as vendas de divisas às casas de câmbio, entre 31 de agosto e 04 de setembro, foram concretizadas a uma taxa média de 149,870 kwanzas (cerca de um euro) por cada dólar.
De acordo com dados do Banco Nacional de Angola (BNA), compilados pelo AngoRussia esta quarta-feira, a taxa de câmbio oficial ronda, os 134.629 kwanzas por cada dólar.
Esta crise já provocou uma desvalorização de mais de 37 por cento no kwanza, face ao dólar norte-americano, em apenas um ano.
As reservas de petróleo em Angola estão avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável), ainda de acordo com a Sonangol.