Neurologista desenvolve pesquisa para transplante de cabeça


A ciência está evoluindo tanto que um dos maiores feitos da medicina mundial pode se tornar realidade em breve. O primeiro transplante de cabeça da história deve ocorrer em dois anos, segundo uma reportagem publicada nesta semana pela revista NewScientist.

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O objectivo é implantar a cabeça de um paciente de doença grave no corpo de um doador que tenha tido morte cerebral e corpo saudável. O grupo deve apresentar a proposta durante uma conferência médica nos Estados Unidos neste ano.
Segundo Dr. Sergio Canavero, as técnicas que tornariam esse transplante possível incluem procedimentos como resfriar a cabeça do receptor e o corpo do doador para evitar que as células morram sem oxigénio, cortar os tecidos do pescoço e conectar as veias e artérias maiores a tubos finos e seleccionar os nervos da espinha.
Uma das partes mais complicadas da eventual cirurgia seria conectar os nervos da espinha do corpo aos nervos da cabeça. Para tanto, o cirurgião usaria uma substância química com polietileno para fazer as conexões e eléctrodos para estimular as novas conexões nervosas.
Sergio Canavero disse também que logo após a cirurgia o paciente passaria semanas em coma e inicialmente seria capaz de mover os músculos do rosto e falar com a mesma voz que tinha antes. Porém, seria necessário pelo menos um ano de fisioterapia para que pudesse andar.
Diversos especialistas na área, disseram não acreditar nessa possibilidade técnica. Alguns ressaltaram pontos técnicos difíceis de resolver, tais como a dificuldade de fazer o paciente passar pelo coma de forma saudável.
Outros ainda levantaram dilemas éticos, como a possibilidade de que, se der certo, a cirurgia seja usada para fins cosméticos. Ou disseram que o procedimento pode até se tornar realidade, mas não em um prazo tão curto.

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