Sete meses depois de ter sido diagnosticada, uma mulher brasileira identificada por Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, foi a uma unidade hospitalar, em Fevereiro do ano em curso, para retirar um mioma do útero e teve o braço esquerdo amputado. A família conta que não sabe o que aconteceu e cobra uma resposta da unidade de saúde.
À imprensa internacional, a jovem conta que sofreu uma série de complicações decorrentes dos procedimentos, e chegou a ficar internada em quatro unidades de saúde diferentes. A mesma só recebeu alta da última instituição pela qual passou em 4 de Abril.
“Até agora, não me explicaram nada, não apareceu ninguém. Ninguém me ligou, na ocasião, também não falaram nada sobre o que teria causado a necrose ‘do braço’. Está tudo no ar até agora, ninguém falou nada”, começou por dizer a mulher.
A mulher disse ainda que, em Agosto do ano passado, exames apontaram a presença de miomas em seu útero e os médicos recomendaram a retirada imediata. Entretanto, a cirurgia só foi realizada no dia 3 de Fevereiro do ano em curso, no Hospital da Mulher. Após o procedimento, as primeiras complicações começaram a aparecer, quando uma hemorragia foi identificada e Alessandra precisou ser submetida a uma histerectomia total (retirada do útero), no dia seguinte.
Ainda segundo a familia, a mulher foi encontrada intubada, com as pontas dos dedos esquerdos escurecidas, além de braços e pernas enfaixados. Ao serem questionados, os profissionais alegaram que a mulher estava com frio. Três dias depois, os parentes foram informados pela equipa médica que a mulher seria transferida para outra unidade hospitalar, na Zona Sul, porque o seu braço estava praticamente preto e começar a necrosar.
A mulher chegou a passar por uma drenagem no Iecac, que não surtiu efeito. A família precisou ser convocada e autorizou a amputação do braço, já que os médicos afirmaram que Alessandra não sobreviveria se mantivesse o membro, por conta das chances da necrose se alastrar. Mesmo depois da cirurgia, a vítima ainda sofreu com complicações, tendo os rins e o fígado quase paralisados, além do risco de uma infecção generalizada.
“Após rodar atrás de cinco hospitais, que não me aceitaram, é que eu fui conseguir por ligação parar na Maternidade Fernando Magalhães, onde eles conseguiram para mim uma vaga lá no Souza Aguiar. Foi a equipa da plástica de lá que me salvou. Se não fosse pela luta deles, pela força que eles me deram para poder me salvar, eu não estaria aqui hoje. Minha barriga já estava com risco de necrosar e também de pegar uma bactéria. Só tenho que agradecer a eles. Eu quero que os responsáveis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho… tudo”.