Mulher obrigada a levar até ao fim gravidez com bebé ‘condenado’ à morte


Uma mulher norte-americana de 33 anos foi impedida de interromper a gravidez, devido às leis anti-aborto daquele país, mesmo sabendo que o seu bebé não sobreviveria ao nascimento.

À imprensa local, a mulher que viu o seu filho morrer nos seus braços, logo após o nascimento, exatamente como os médicos previam que acontecesse, contou que tinha uma gravidez normal, mas com 24 semanas a ecografia revelou que o feto não tinha rins. Não tendo a gestante líquido amniótico, foi avisada pelos médicos que corria também perigo de vida, devido ao elevado risco de pré-eclâmpsia.

“Engasgou-se algumas vezes quando o segurei”, revelou a mulher que, acrescentou que viu o filho “respirar pela primeira vez e logo a seguir, enquanto o segurava, respirar pela última vez”.

A mesma disse ainda que, era tarde demais para interromper a gravidez na Flórida, que começou a proibir quase todos os abortos após as 15 semanas, em 2022. As únicas opções eram sair do estado onde vive para conseguir abortar ou carregar o bebé até ao nascimento. Como não tinha dinheiro para viajar, foi obrigada junto ao seu marido a seguir com a segunda opção.

A lei da Flórida só permite que um aborto seja feito após as 15 semanas se dois médicos confirmarem o diagnóstico de uma anormalidade fetal por escrito. Contudo, muitos profissionais de saúde hesitam em fazê-lo com medo que alguém questione se a anormalidade fetal era realmente fatal, uma vez que as penas por violar a lei são severas. Os médicos não só ficam proibidos de exercer, como são alvo de multas avultadas e podem mesmo ser condenados a pena de prisão efetiva.

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