Os serviços de emergência da cidade de Dunedin, na Nova Zelândia, receberam na última semana uma chamada surpreendente. Ao atender o telefone, o operador do número de emergência só conseguia ouvir murmúrios do outro lado da linha e pensou estar perante uma situação de rapto ou violência doméstica.
Após uma chamada atribulada, foi possível fazer chegar uma equipa de emergência ao local, onde o agente da polícia a quem foi confiada a missão se deparou com um cenário bem diferente do que esperava. Afinal, em vez de um rapto, o caso era o de uma senhora de 64 anos, que confundiu o creme dos lábios com uma bisnaga de super-cola e acabou com os lábios colados.
“Pensei que ia morrer, contou a senhora ao jornal” Otago Daily Times no dia seguinte ao bizarro acidente. A mulher conta que acordou a meio da noite e, ao sentir os lábios secos, abriu a gaveta da mesa de cabeceira e tirou uma bisnaga amarela, julgando ser o creme. “Achei que estava tudo bem e voltei a adormecer. Ao acordar, quis beber água e não conseguia abrir a boca”. A senhora, que vive sozinha, tinha o nariz obstruído devido a uma constipação e entrou em pânico, com dificuldade em respirar.
O pânico aumentou quando ligou para os serviços de emergência e se apercebeu que nem sequer era capaz de dar a morada. Foi salva pelo sangue frio do operador, que lhe explicou como dizer sim e não batendo uma ou duas vezes no bocal do telefone. Através de uma série de perguntas, foi possível perceber onde a senhora vivia e, ao fim de 20 minutos, um agente da polícia apareceu no local. A senhora, que não se quis identificar ao jornal, mostrou ao polícia as embalagens de cola e de creme para os lábios e foi levada para o hospital. Só aí conseguiu finalmente abrir a boca, mas teve alta ao fim de poucas horas.
Um porta-voz dos serviços de emergência louvou o comportamento do operador que atendeu a chamada, que pela astúcia e sangue-frio revelados salvou a vida da senhora. Quanto a esta, jura que a primeira coisa que fez quando chegou a casa foi deitar a cola fora…
Fonte: Cmjornal