Mulher condenada à morte por partilhar conteúdos sensíveis no WhatsApp


Uma jovem  muçulmana de 26 anos, foi condenada nesta quarta-feira(19)  à morte, no Paquistão, por ter enviado um texto sensível e caricatura do profeta Maomé, através de mensagens na rede social WhatsApp, acto considerado condenável no referido país.

A blasfémia é um tema extremamente sensível no Paquistão, país predominantemente muçulmano onde os considerados culpados por ofensas ao islamismo podem ser condenados à pena de morte, apesar de esta sentença nunca ter sido aplicada para crimes do gênero.

Aneeqa Ateeq, de 26 anos, foi presa em maio de 2020, acusada de partilhar “conteúdo blasfemo” através do WhatsApp, incluindo caricaturas, segundo dados divulgados pelo tribunal citados por uma agência internacional.

O tribunal da cidade de Rawalpindi, no norte do Paquistão, determinou que Aneeqa Ateeq seja “pendurara pelo pescoço até à morte” e também a condenou a 20 anos de prisão.

Cerca de 80 pessoas estão presas do Paquistão por blasfémia, metade das quais foi condenada a prisão perpétua ou à pena de morte, segundo a comissão dos Estados Unidos sobre liberdade religiosa no mundo.

Defensores dos direitos humanos acreditam que as acusações por blasfémia são regularmente lançadas de forma abusiva, por motivações pessoais.

Em dezembro, um diretor de uma fábrica no Paquistão, natural do Sri Lanka, foi linchado e queimado por uma multidão furiosa após ter sido acusado de blasfémia.


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