Mota-Engil iniciou obra de reparação de ruas de Luanda por quase 67 milhões de USD


A construtora Mota-Engil iniciou hoje uma segunda empreitada de reparação e conservação de ruas no centro de Luanda, por 67 milhões de dólares (59,4 milhões de euros), numa extensão total de cerca de 15 quilómetros 31 artérias.

Mota-Engil

Esta segunda fase da obra global de “Embelezamento das ruas de Luanda”, que inclui a reabilitação de vias, passeios, lancis, sinalização vertical e horizontal, iluminação pública e poda de árvores, arrancou com os trabalhos na rua Vasco Fernandes, no distrito urbano do Sambizanga, zona do São Paulo.

A primeira fase da empreitada, que abrangeu 50 ruas e uma extensão total de 38 quilómetros, decorreu em seis meses, até novembro de 2015, e foi realizada igualmente pela sucursal de Angola da Mota-Engil, por 78,9 milhões de dólares (70 milhões de euros).

“Está agora previsto termos três equipas a trabalhar em simultâneo, com três frentes de trabalho. A parte de embelezamento são seis meses de trabalho e a de limpeza da rede saneamento, arborização das ruas e reabilitação da iluminação, da fase 1 e fase 2, são oito meses”, explicou Nuno Nogueira, diretor desta obra da Mota-Engil Angola, falando aos jornalistas no arranque da intervenção.

Acrescem 12 meses de trabalho para uma “intervenção mais profunda” na Avenida Agostinho Neto, incluindo o alargamento desta via central de Luanda, com cerca de 900 metros.

A obra é contratada pelo Governo Provincial de Luanda e no distrito urbano do Sambizanga estão previstas intervenções em várias ruas, algumas de circulação limitada.

“Vias que estão bastante degradadas, mas que com essas intervenções vão melhorar consideravelmente naquilo que é a visibilidade e a imagem do nosso distrito urbano”, enfatizou, presente nos arranque dos trabalhos, a administradora do Sambizanga, Milca Cuesse.

Esta segunda fase da empreitada global de embelezamento implicará, no pico da operação, a mobilização de 270 trabalhadores no terreno.

A 23 de julho de 2015, de visita a Luanda, quando decorria a primeira fase dos trabalhos pela Mota-Engil – para ser concluída até novembro do mesmo ano, a tempo das comemorações dos 40 anos da independência angolana -, o então vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, visitou a empresa e sublinhou a relevância da obra.

“É muito importante que uma empresa como a Mota-Engil esteja a fazer este trabalho tão visível para os angolanos comuns”, disse Portas, após visita à sede da construtora de origem portuguesa, em Luanda.

“Apesar das dificuldades as coisas avançam. A Mota-Engil recebeu das autoridades angolanas um encargo, uma tarefa, muito especial”, apontou ainda.

Foi divulgado este mês que Paulo Portas, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, da Defesa e ex-vice-primeiro-ministro, vai apoiar a Mota-Engil na internacionalização e criação de um conselho estratégico para a América Latina.

Lusa


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