Morreu o estilista franco-espanhol Paco Rabanne, aos 88 anos


O estilista franco-espanhol, Francisco Rabaneda y Cuervo, mais conhecido como Paco Rabanne, morreu no passado dia 29 de Janeiro, em Portsall, na França, aos 88 anos. A morte, foi anunciada hoje, 03 de Fevereiro, pelo autarca de Vannes, David Robo.

Foto: Reprodução Instagram/Paco Rabanne

A informação foi confirmada nesta sexta-feira (3) pelo grupo Puig, que controla a marca Paco Rabanne. A causa da morte ainda não foi revelada. “Estou profundamente triste com a morte do Sr. Paco Rabanne”, disse Marc Puig, presidente e CEO da Puig.

O empresário tinha uma carreira de cerca de meio século no mundo da moda e era elencado como um dos últimos integrantes do grupo de “designers especiais”, em que também se incluíam Pierre Cardin e Thierry Mugler.

O estilista virou sinónimo de perfumes best-sellers e ficou conhecido por ousar nos seus desfiles, com o uso de novos materiais como metal, plástico, alumínio, fibra ótica, concreto e muitos outros.

Rabane nasceu em 18 de Fevereiro de 1934, em Pasaia, província de Guipuscoa, parte do País Basco espanhol. Sua entrada no mundo da moda foi por meio da mãe, que trabalhava para Cristobal Balenciaga. A convivência com a moda começa logo nos primeiros anos de vida, já que a progenitora do empresário era costureira da referida marca. Mais tarde, estudou arquitetura em Paris. Em 1969 lançou o seu primeiro perfume, “Calandre”.

No seu primeiro desfile oficial, nos anos 60, Paco Rabanne apresentou o manifesto da sua marca: “12 vestidos impossíveis de usar em materiais contemporâneos”. A apresentação trazia peças icônicas criadas em elementos experimentais como plástico moldado, metal e alumínio.

Nos anos seguintes, o estilista passou a criar vestidos esculturais em cota de malha que se tornaram símbolo da grife e ajudaram a definir toda uma era da moda. Pensar em Paco Rabanne é pensar em revolução e modernidade.

Outra paixão de Paco Rabane era o esoterismo, sobre o qual escreveu vários livros de sucesso. No final da década de 1990, passou a ser presença constante na televisão francesa, falando mais sobre bolas de cristal do que sobre roupas.

Entre as distinções que recebeu, estão a espanhola “Medalha de Ouro” em Belas Artes, em 2000, e o “Prémio Nacional de Moda” (também em Espanha, em 2010). Tornou-se ainda membro da “Legião de Honra Francesa em 1989”.


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