Morre mulher grávida socorrida após bombardeio em maternidade na Ucrânia


Uma mulher grávida morreu após um bombardeio ter atingido o hospital infantil e maternidade de Mariupol, na Ucrânia, onde a jovem realizaria o parto. O ataque aconteceu na última quarta-feira (9).

No dia do ataque, a vítima foi fotografada enquanto era carregada por voluntários em uma maca, com as mãos abaixo da barriga, uma imagem que repercutiu a nível mundial.

De acordo com a imprensa internacional, a gestante chegou a ser socorrida em outro hospital, mas não resistiu.

Segundo falou o cirurgião Timur Marin durante uma entrevista, a paciente teria sido atendida com a região pélvica esmagada e o quadril descolado. O profissional destacou que a equipe precisou realizar uma cesariana de emergência , mas que o bebê foi tirado da barriga da mãe já sem sinais vitais.  O mesmo contou ainda que, ao perceber que estava a perder o seu bebê, a mulher chegou a gritar:

“Me matem agora!”.

 Após realizar o parto, Marin conta que o foco foi tentar manter a mulher viva, mas que a jovem morreu logo após a criança.

”Mais de 30 minutos de reanimação da mãe não produziram resultados. Ambos morreram”, lamentou o médico.

Importa recordar que segundo o governo ucraniano a unidade de saúde teria sido destruída por um ataque aéreo da Rússia. Os russos, por sua vez acusaram a Ucrânia de colocar posições de combate na área do hospital.

No Twitter, sobre o ataque o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou uma “atrocidade” o que aconteceu apesar de um acordo de cessar-fogo parcial para permitir a fuga de milhares de civis da cidade, onde, segundo a Cruz Vermelha, as condições são “apocalípticas”.

No dia seguinte, a Rússia respondeu dando uma outra versão sobre o episódio e negou ter bombardeado o hospital.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, negou que o país realizou ataques contra civis na cidade e acusou a Ucrânia de encenar o incidente.

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