O britânico Ronnie Biggs, considerado como o ‘ladrão do século’ pelo assalto a um comboio dos Correios, entre Glasgow e Londres, em 1963, morreu hoje aos 84 anos, informou a agência Press Association.
O britânico Ronald Biggs, conhecido como o “ladrão do século” por conta ao assalto ao trem pagador entre Glasgow e Londres ocorrido em 1963, morreu nesta quarta-feira (18) aos 84 anos, informou seu porta-voz.
Biggs, que ficou famoso após sua fuga espetacular para o Brasil depois do roubo, morreu em um asilo para idosos em East Barnet, no norte de Londres.
Com problemas de saúde, ele recebia atendimento médico.
O roubo, feito por uma quadrilha de 11 integrantes, levou cerca de 2,6 milhões de libras esterlinas (o equivalente a US$ 4,2 milhões) à época.
Na madrugada de 7 para 8 de agosto de 1963, o condutor de um trem postal, que percorria o trajeto entre a cidade escocesa de Glasgow e a estação londrina de Euston, parou em um ponto isolado na altura de Ledburn, ao noroeste de Londres. Um sinal vermelho na via ordenou a parada.
Os assaltantes agrediram o condutor, desengancharam a locomotiva e os dois primeiros vagões para, em seguida, descarregar 120 sacos que continham 2,5 toneladas de dinheiro em espécie.
Tudo aconteceu sem que os funcionários nos outros vagões percebessem o assalto.
Biggs foi preso após o roubo e recebeu uma sentença de 30 anos de prisão, mas escapou no ano seguinte da prisão de Wandsworth, pulando o muro e embarcando em uma caminhonete.
Após a fuga, ele passou por Bélgica, França e Austrália até chegar ao Brasil.
Ele ficou 36 anos em liberdade no Rio de Janeiro, onde levou uma vida confortável.
Seu filho Michael Biggs chegou a ficar famoso como o Mike do grupo infantil Turma do Balão Mágico nos anos 1980.
Ronald Biggs finalmente se rendeu à polícia britânica em 2001 e voltou ao país, mas foi libertado em 2009 por questões de saúde.
Uma de suas últimas aparições públicas foi em março deste ano, no enterro de um dos comparsas do assalto.
Pouco antes do aniversário de 50 anos do assalto, Ronnie Biggs declarou: “Se querem me perguntar se lamento ter participado no golpe, minha resposta é não”.