Morre aos 76 anos, rainha do soul, Aretha Franklin


Acabou como não queria, numa cama de hospital, longe dos palcos há mais de um ano, depois de, em novembro de 2017, ter “prometido”, com o título do seu 42.º disco de estúdio, A Brand New Me. 

Aretha Franklin morreu aos 76 anos, informou o empresário da cantora. Diagnosticada com câncer em 2010, ela estava “gravemente doente”.

A causa da morte foi “câncer de pâncreas em estágio avançado”, segundo comunicado divulgado para a imprensa, citando o médico de Aretha. Ela deixa quatro filhos.

“Em um dos piores momentos das nossas vidas, não conseguimos encontrar as palavras certas para expressar a dor em nosso coração. Perdemos nossa matriarca e a sustentação da nossa família. O amor que ela tinha por seus filhos, netos, sobrinhos e primos não tinha limites”, disse a família da cantora por meio de comunicado.

“Estamos emocionados com todo o amor e apoio que recebemos de amigos e fãs. Obrigado pela compaixão e orações. Sentimos o amor de vocês por Aretha e ele nos trouxe conforto para entender que o legado dela vai permanecer. Em nosso luto, pedimos respeito e privacidade nessa hora difícil”. Ainda não há informações sobre funeral.

Aretha Louise Franklin, nascida em Memphis, no Tennessee, a 25 de março de 1942, mas há muito tempo cidadã emérita de Detroit, gostava destas tiradas categóricas – o primeiro single que publicou, em 1956 (tinha 14 anos e revelara a voz na igreja em que o seu pai era pastor), revelava outro propósito ambicioso: Never Grow Old. Mas a vida de Lady Soul estava carregada de dramas que a sua personalidade, paradoxalmente insegura e estranhamente solitária, ainda acentuava. Nunca se refez da perda do pai e da avó que a ampararam na meninice e na (curta) juventude; viu morrer os três irmãos, Erma, Cecil e Carolyn, com três variedades de cancro (na garganta, nos pulmões e na mama, respetivamente); testemunhou, também, o desaparecimento da sua agente durante décadas, Ruth Bowen, e dos produtores que a ajudaram a subir ao “trono” de que ainda não foi desalojada, Jerry Wexler, Arif Mardin e Luther Vandross.


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