O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, admitiu nesta sexta-feira (17) de Julho, algum excesso de zelo na actuação de efectivos, pedindo que não usem armas de fogo contra cidadãos indefesos e “que não ofereçam qualquer perigo contra as forças de defesa e segurança”.
Eugénio Laborinho, que discursava na cerimónia de tomada de posse de novos responsáveis no Ministério do Interior e do Serviço de Investigação Criminal, referia-se às últimas mortes registadas em Luanda e Benguela, num total de quatro pessoas.
Segundo o ministro, os incidentes que ocorreram nas áreas do Rocha Pinto, Cazenga e Prenda, na província de Luanda, e num mercado do peixe, em Benguela, “não podem manchar o bom trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela maioria”.
O governante endereçou condolências às famílias enlutadas, informando que “os autores de tais práticas estão a ser responsabilizados, disciplinar e criminalmente”.
O titular da pasta do Interior sublinhou que os agentes nunca receberam nenhuma orientação “que convergisse para matar ou violentar fisicamente qualquer cidadão”.
“Porque o povo nunca foi e nunca será inimigo nem adversário das forças de defesa e segurança; pelo contrário, existimos para servir a sociedade”, disse.
Nas orientações aos efetivos, Eugénio Laborinho frisou que as armas de fogo só poderão ser utilizadas em casos extremos, quando estiver em causa a integridade física ou vida dos efetivos e de cidadãos, “ou seja, em situações de legítima defesa, sendo que nestes casos deverá ser feita de forma proporcional e adequada ao grau de ameaça”.
Lusa