O Ministério das Finanças e a Sonangol ponderam a possibilidade de, ainda no decurso deste ano, ajustar o preço dos combustíveis, anunciou nesta quarta-feira, na cidade do Luena, província do Moxico, o ministro das Finanças, Archer Mangueira.
A posição foi hoje assumida numa informação divulgada pelo Ministério das Finanças, sobre declarações de Archer Mangueira durante a visita que o governante está a fazer às províncias do Cuando Cubango, Moxico, Lunda-Sul e Lunda-Norte.
Archer Mangueira disse, no Moxico, estar em curso um estudo sobre o impacto de um eventual ajustamento dos preços dos combustíveis e seus derivados na vida da população.
Assegurou, contudo, que serão adoptadas medidas para mitigar qualquer efeito negativo na vida das famílias, mas sem adiantar prazos para esta subida dos preços dos combustíveis e derivados.
A estimativa dos aumentos necessários nos preços dos combustíveis consta das conclusões da missão FMI no âmbito das consultas regulares com as autoridades angolanas, ao abrigo do Artigo IV, realizadas este ano.
“A missão estima que os preços da gasolina e do gasóleo precisariam ser ajustados em 100%, para eliminar os subsídios que são actualmente absorvidos pela Sonangol”, lê-se no documento, de Junho, noticiado anteriormente pela Lusa.
Se esta recomendação fosse atendida, o preço do litro de gasolina em Angola subiria para 320 kwanzas e o do gasóleo para 270 kwanzas.
Em Janeiro de 2016, o Governo anunciou o fim dos subsídios ao gasóleo, com o preço passar de AKz 90 para 135 kwanzas o litro.
A gasolina, que naquela altura já comercializada há alguns meses sem subsídios, subiu de AKz 115 para 160 kwanzas o litro.
Apesar de ser o segundo maior produtor de petróleo em África, Angola importa cerca de 80% dos combustíveis que consome, devido à reduzida capacidade de refinação interna.
Para manter os preços artificialmente baixos, o Governo atribui subsídios aos combustíveis.
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